A Copa do Brasil proporciona, entre outras coisas, a chance de clubes de menor expressão e de estados com menos visibilidade receber grandes clubes do futebol brasileiro. Mas, ao que parece, este fato não é motivo de comemoração para o Nacional-AM, adversário do Vasco nas oitavas de final. Segundo a diretoria manauara, a competição tem tirado o foco dos atletas pois a prioridade é o Brasileiro da Série D.
Mostra disso é que o Nacional já bateu o martelo e não vai sair do Estado para mandar o jogo em um local com maior capacidade de público. A partida será disputada em Manaus mesmo no Roberto Simonsen, mais conhecido como Estádio do Sesi, que tem capacidade para cinco mil pessoas. Foi lá que a equipe também enfrentou Coritiba e Ponte Preta.
O clube recebeu convite de Estados vizinhos e até chegou a ser especulado que o jogo poderia ser disputado no Pará. O Nacional recusou.
- Recebemos convites, sim. É verdade que a Copa do Brasil normalmente é uma grande festa. Clubes das Séries B, C e D podem enfrentar clubes da Primeira divisão. Mas isso não é interessante para o Nacional. A Copa do Brasil está tirando nosso foco, que é subir da Série D para a C. Vencemos Coritiba e Ponte Preta, mas, o que seria uma coisa boa, acabou atrapalhando. Por isso não vamos fazer grande festa, será um jogo normal, no estádio do Sesi mesmo - explicou Haroldo Falcão, diretor de planejamento estratégico do Nacional, lamentando que, com essas vitórias na Copa do Brasil, o Nacional acabou acumulando três derrotas seguidas na Série D.
- Tira o foco dos atletas. Claro que para eles a visibilidade é maior e melhor enfrentando o Vasco. Dá mais visibilidade do que enfrentar o Paragominas (último adversário do Nacional, na Série D), por exemplo - completou ele.
A ideia de ter um clube local em uma divisão de maior visibilidade é para resgatar o torcedor amazonenses. Isso explicaria, segundo Haroldo, a prioridade pelo Brasileiro da Série D.
- O torcedor acaba escolhendo times do Rio, de São Paulo, pois não há nenhum clube local em destaque na mídia nacional. Isso é preocupante. Por isso temos esse projeto de colocar o Nacional na Série C para 2014. Aí poderia colocar 35 mil pessoas no estádio em cada jogo nosso. Teremos uma das arenas mais modernas (Arena da Amazônia) e ainda têm dois estádios sendo construídos - disse o dirigente, que pretende transformar o Nacional em clube empresa brevemente.
Fonte: Lancenet