Presidente do Consórcio do Maracanã diz que até o dia 25 apresenta proposta para o Governo

Quarta-feira, 07/08/2013 - 10:24

A permanência do consórcio Complexo Maracanã Entretenimento S.A. à frente do mítico estádio carioca segue incerta.

Após o anúncio do Governo do Estado do Rio de que o Parque Aquático Julio Delamare, o Estádio de Atletismo Célio de Barros e a Escola Municipal Friedenreich não seriam demolidas, a concessionária pediu um prazo de 20 dias para avaliar se daria prosseguimento ou não ao seu contrato de administração do estádio.

Na última segunda-feira, o consórcio emitiu nota oficial dando a entender que seguiria normalmente à frente do Maracanã. O presidente João Borba, no entanto, apresentou um discurso diferente durante o anúncio da parceria com o Botafogo, na tarde desta terça, no Engenhão. Segundo o mandatário da concessionária, a questão envolve aspectos jurídicos, e ainda não é possível dar um veredito. O prazo para o anúncio da permanência ou não é o dia 25 deste mês.

"Como eu disse antes, a gente tem 20 dias, até o dia 25, para colocar toda a nova situação dentro do nosso plano de negócios e apresentar para o Governo que características esse contrato passa a ter. Como tem muito financeiro no processo, qualquer coisa que eu falar não vai ser verdadeira, vai ser achômetro. Prefiro dizer que a nossa equipe está trabalhando 'full-time' para apresentar ao poder concendente: 'a situação é essa aqui, vamos em frente ou não vamos em frente'", sentenciou Borba, que esmiuçou algumas diferenças do contrato inicial para o novo panorama, sem as demolições.

"O sistema é o seguinte: o modelo é trabalhado sobre premissas. Foram adotadas premissas nas condições inciais do negócio, com obrigações no contrato. O consórcio tem que fazer investimentos de R$ 594 milhões e pagar uma taxa ao governo de R$ 5,5 milhões por ano. Essas são as despesas. Em cima delas colocamos as premissas de receitas. Quando eu digo que estamos estudando é porque, não demolindo o complexo, temos despesas que não vão ser executadas nesse momento, e aí entra o lado jurídico. Não adianta ficarmos especulando, no achômetro. Nosso jurídico apresenta uma série de situações para que a concessão seja mantida, e temos um novo retrato que vamos levar ao governo. O poder concedente pode tudo, então não adianta especular", completou.

Segundo Borba, até o dia 25 o consórcio apresentará uma nova proposta ao Governo do Estado do Rio.

"Estamos elaborando uma proposta que vamos apresentar ao Governo do Estado, eles ainda não apresentaram nada. Eles só disseram o que precisavam fazer (não demolir o Célio de Barros, o Julio Delamara e a Escola Friedenreich). Disseram: 'considerando os pedidos das federações, as ações no Ministério Público e a carta do Iphan, solicito ao consórcio que tire essas questões da concessão. Nós dissemos que tudo bem, íamos estudar", concluiu.

Fonte: ESPN.com.br