Habilidoso e ousado. Essas são duas das principais características de Luan Martins, meio-campo da equipe infantil do Vasco da Gama. Campeão da Taça Guanabara no último final de semana, o jovem da geração 98 chegou ao cruzmaltino apenas no ano passado, mas já tenta a sorte como jogador de futebol desde os oito anos de idade.
Natural de Volta Redonda, Luan iniciou sua curta carreira em sua cidade natal e chegou até a defender as cores do maior time local. Foi graças a uma competição disputada com a camisa do Voltaço que o meia despertou o interesse do Gigante da Colina:
- Eu comecei a jogar com oito anos numa escolinha do bairro onde morava em Volta Redonda. Eu nem sabia jogar bola direito, aprendi tudo lá. Depois de alguns meses treinando meu pai descobriu que eu tinha talento e me levou para jogar no Volta Redonda. Eu fiz o teste e fui aprovado. Fiquei quatro anos no Volta Redonda sempre jogando na categoria acima. Eu fui acostumado a jogar no Volta Redonda com meninos da nascidos em 1996. Durante o Campeonato Carioca de 2011 teve um jogo contra o Vasco e eu desci para jogar. Participei da partida e até acho que não fui muito bem, mas um tempo depois um representante do Vasco em Volta Redonda me procurou e disse que o Cássio e o Serginho queriam que eu passasse por uma avaliação. Na verdade eu nem passei por teste. Quando cheguei no Vasco foi para disputar uma competição no Espírito Santo, a Copa Gazetinha - disse o jovem ao programa "Só dá Base".
Em seu primeiro ano defendendo o clube de São de Januário, Luan cresceu como jogador e conquistou seu espaço dentro do grupo infantil. Apesar de ter iniciado sua trajetória na Colina no banco de reservas, o garoto da "Cidade do Aço" logo conquistou a confiança dos membros da comissão técnica e se tornou titular da excelente geração 98:
- Comecei a Copa Gazetinha no banco, mas no terceiro jogo fui titular. O tempo foi passando e eu fui me firmando. Teve um período que eu fui relacionado para a maioria dos jogos do 97. Tive muitas oportunidades com o Cássio e o Serginho. Por conta de tudo isso avalio o meu primeiro ano como positivo. Eu tive muitas alegrias. Agradeço muito a Deus, pois aconteceu tudo rápido na minha vida. Cheguei no Vasco, fui chamado para um campeonato e consegui ser titular do time. Fiz gol em minha estreia contra o Americano e cheguei a disputar partidas pelo 97. Tudo aconteceu rápido, mas graças a Deus eu tive tranquilidade e humildade para suportar tudo isso - afirmou ao programa "Só dá Base".
Feliz com o atual momento vivido, o meio-campista não se cansa de agradecer o Vasco pela oportunidade dada. Para retribuir a confiança do clube, Luan Martins promete dar o seu melhor todas as vezes que entrar em campo com a camisa cruzmaltina:
- É uma honra vestir a camisa do Vasco, pois ele foi o clube que me abriu as portas no futebol. Eu devo tudo ao Vasco. Tem que ser forte para colocar a cruz de malta no peito e honrar ela. Tem que sempre fazer o melhor. Se não der na técnica, tem que ser na força e na garra. Vou sempre buscar ajudar o Vasco a ganhar títulos. Sair de um time de menor expressão, como é o Volta Redonda, para defender as cores do Vasco é um privilégio enorme. Uma emoção muito grande - revelou ao programa "Só dá Base".
"Vibramos muito dentro da casa deles"
O título conquistado no último final de semana foi o segundo de Luan com a camisa vascaína. O fato da taça ter sido levantada após uma vitória de virada sobre o Flamengo no Estádio da Gávea agradou bastante ao garoto. De acordo com ele, a festa só foi possível graças ao trabalho do grupo e da comissão técnica, liderada pelo treinador Luiz Felipe:
- A emoção foi muito grande. Nós não apenas ganhamos dentro da casa deles, mas vencemos de virada. Todo mundo fala que o Vasco é o time da virada. O professor Felipe sempre falou para a gente ter calma. Ele sempre acreditou que tudo ia dar certo. Depois do jogo contra o Fluminense, que a gente perdeu por 4 a 2, a gente fez um pacto de vitórias e conseguimos cumprir. Nosso time se uniu bastante. Antes da final o professor Felipe passou um texto muito emocionante e que continha algumas frases da nossa rotina. O texto nos lembrou de tudo que a gente teve que superar. Ele dizia que a gente seria campeão, pois já estava tudo escrito. A gente tomou o gol do Flamengo pouco antes do tempo técnico. Ele chegou, mandou nosso grupo ter calma e disse que confiava que a gente ia virar o jogo. Nós não abaixamos a cabeça e conseguimos o resultado positivo. A emoção foi muito grande. Foi meu segundo título carioca, o primeiro veio no ano passado na Guilherme Embry - declarou ao programa "Só dá Base".
Além do Fluminense, outro time que derrotou o cruzmaltino no torneio foi o próprio Flamengo. Na primeira fase da Taça Guanabara, o time da Gávea derrotou a equipe vascaína pelo placar de 2 a 1. O resultado fez com que os jogadores rubro-negros demonstrassem confiança antes da partida:
- Eles estavam intimidando a gente desde o começo do jogo. Começaram a gritar no vestiário músicas do Flamengo. Nós não deixamos cair e também começamos a cantar músicas do Vasco. O clima antes do jogo já estava de final. A gente já estava com o corpo quente e suando sangue. A emoção foi a mil, pois ganhamos o maior rival do Vasco, que havia nos derrotado na primeira fase em Itaguaí. Graças a Deus a gente saiu com a vitória. Vibramos muito dentro da casa deles - disse ao programa "Só dá Base".
Rápido, objetivo e habilidoso
Assim como a grande maioria dos jovens jogadores brasileiros, Luan admira alguns jogadores consagrados mundialmente. O argentino Lionel Messi e Neymar, ambos jogadores do Barcelona, servem como fonte de inspiração para o promissor meia vascaíno:
- Eu tenho dois ídolos, um é o Messi e o outro é o Neymar. O Messi por conta da velocidade e da humildade. Meu sonho é jogar do lado dele, pois é um jogador muito rápido e muito objetivo. Admiro o Neymar porque ele é um jogador de mais movimentação e de drible. Acho que tenho algumas características parecidas com as do Neymar. Sou um jogador rápido, muito objetivo e que busca sempre ir em direção ao gol. Gosta de tocar e sair para receber. Busco sempre contribuir para que o jogo aconteça - afirmou ao programa "Só dá Base".