Preocupação inicial de boa parte da torcida, a zona de rebaixamento está cada rodada mais distante. Hoje, o time está a quatro pontos da chamada "degola" - na 8ª posição, com 14 pontos e a seis do líder Botafogo. Se a diferença de pontos não é grande ainda, o desempenho recente - duas vitórias e um empate (o dessa noite de quinta-feira contra o Goiás), como do líder Botafogo e do terceiro lugar Bahia - é capaz de dar tranquilidade a um grupo que recebeu mais de 20 reforços na temporada. Alguns nomes ainda não estrearam, como Guiñazu, que vai direto do sistema de registros da CBF para assumir a camisa 5 no clássico de domingo contra o Alvinegro no Maracanã. A estreia de um dos principais nomes do time, mais a volta de Juninho e a esperança de novos reforços em breve, porém, não tira Dorival Junior da sua principal preocupação. Questionado a respeito das aspirações a título, o treinador disse que primeiro o Vasco tem que pensar no acerto da equipe, que ainda vive momentos instáveis em campo.
O empate fora de casa foi o primeiro ponto vascaíno como visitante nesse Brasileiro. Por si só, Dorival já viu evolução nesse ponto, já que o Vasco estava vencendo a partida até os 40 minutos do segundo tempo. Mesmo muito próximo da vitória, que seria a terceira seguida, porém, Dorival fez observações a respeito de falhas da equipe, que sentiu a falta de Juninho - poupado para enfrentar o Botafogo.
- Ser campeão? Não, nossa realidade é outra. Primeiro queremos buscar a todo custo um acerto da equipe. Trabalhamos intensamente nesse sentido. Depois, vamos pensar em outro passo. Mas antes precisamos encontrar o primeiro passo - reforçou Dorival, sem se permitir revelar se sonha com a conquista da competição.
O técnico gostou da melhora que viu no sistema defensivo. Disse que os homens de meio de campo se posicionaram melhor nessa partida, destacou as roubadas de bola e a luta do time no jogo do Serra Dourada.
- Continuamos atrás de nosso objetivo. Vou insistir que primeiro vem o acerto da equipe, esse é o maior desafio. Estamos atrás disso para que tenhamos regularidade. Estamos melhorando, mas ainda distante de achar uma forma de jogo mais tranquila e mais equilibrada. Em alguns momentos do jogo perdemos a agressividade no combate, ficamos sem a bola, portanto, e quando a tínhamos a rifamos muito. Houve muita ligação direta. Antes, quando botamos a bola no chão, encontramos espaços - lembrou o treinador, que negou também encarar o jogo contra o líder Botafogo, neste domingo, como uma "prova de fogo" para o seu time.
- Toda partida é prova de fogo. Com essa característica de clássico tivemos a partida contra o Fluminense. Cada rodada é um novo desafio, é uma nova decisão. É dessa forma que vamos encarar até a última partida - afirmou Dorival.
Fonte: GloboEsporte.com