Após uma reunião considerada satisfatória, na tarde dessa quinta-feira, a diretoria do Vasco espera para a próxima terça um desfecho positivo para a obtenção das certidões negativas de débito. É o prazo que a Fazenda Nacional deu para analisar uma nova proposta nas inúmeras rodadas de negociações entre o órgão do governo e o clube de São Januário. As primeiras tratativas para renegociação das dívidas tributárias começaram no início do ano, entre idas e vindas a Brasília para tratar diretamente com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A expectativa é que finalmente na semana que vem o acordo pelas certidões negativas de débito, que indicam um parcelamento do total das dívidas (no valor de mais de R$ 170 milhões) sejam publicadas no Diário Oficial.
Parte da diretoria vascaína faz praticamente plantão em Brasília desde o início da semana. Diante do aceno positivo dos primeiros encontros com a Procuradoria no Distrito Federal, o presidente Roberto Dinamite embarcou na manhã dessa quinta-feira para uma reunião na PGFN. Em mais um encontro, uma nova proposta foi levantada para finalizar a questão. O diretor geral do Vasco, Cristiano Koehler, não comenta os detalhes das conversas, mas ressalta que o clube está esperançoso de obter as CNDs em breve.
Na semana passada houve um retrocesso por parte da Procuradoria Regional da Fazenda, no Rio. O otimismo dos vascaínos ficou um pouco abalado, mas o assunto foi levado novamente para Brasília. Nos bastidores, as partes veem uma disputa política e um jogo de influência entre procuradores de Brasília e do Rio, mas os últimos problemas parecem ter sido contornados.
O Vasco quer dar uma entrada de cerca de R$ 30 milhões, que já estão depositados em juízo. Inicialmente, não queria o acordo neste modelo, justamente porque a renda serviria para pagamento de outro credores. Por outro lado, com as certidões, o clube conseguiria desbloquear cotas de TV e valores de patrocínios - até dos mais recentes, como outra parcela da Nissan e da Caixa, os dois novos anunciantes da camisa vascaína.
Os novos acordos das dívidas tributárias entre governo e clubes exige pagamento em cinco anos, de parcelas que vão de R$ 500 mil a quase R$ 2 milhões nos últimos meses da renegociação. O clube de São Januário ofereceu a sede da Lagoa como garantia de execução fiscal e futuras cotas de transmissão de TV.
Fonte: GloboEsporte.com