DE CAMISA NOVA E COM MAIS UM DE JUNINHO, VASCO VENCE CRICIÚMA EM SÃO JANUÁRIO: 3 A 2

Sábado, 27/07/2013 - 20:28

“Vascaíno, seu destino é o Caldeirão. Rei na Colina merece casa cheia”, anunciava o site do Vasco durante a semana. Pois bem. Foi o que a torcida fez. Ao todo 18.304 (14.712 pagantes) presentes em São Januário para assistir ao jogo contra o Criciúma, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. Casa cheia não era problema. Faltava a presença do rei, tão aclamado. Pois bem. Juninho cobrou falta com dois minutos e fez o gol no seu retorno a São Januário após passagem pelo futebol dos EUA - havia marcado também contra o Fluminense, na reestreia, no Maracanã.

- Passei 13 jogos sem fazer gol nos EUA e não sabia mais nem como vibrar - disse o Reizinho.

Cobrar falta parece que virou moda. O zagueiro Rafael Vaz aprendeu direitinho. Fez o seu. O Criciúma diminuiu também com a bola parada, no chute de Ivo. Empatou com Wellington Paulista, mas Juninho, ele de novo, cobrou falta na medida para Edmilson decretar a vitória por 3 a 2. Parece que o destino de Juninho é mesmo fazer a alegria dos cruz-maltinos.

Mas as lembranças do passado não ficaram restritas aos 15 anos do lance pela Libertadores, com direito a placa para Juninho entregue pelo presidente Roberto Dinamite. Teve a estreia do "uniforme raízes", lançado no último dia 19 e que faz uma homenagem ao navegador português Vasco da Game e a suas conquistas, além de reproduzir na sua parte interna a carta enviada ao rei de Portugal batizando o clube em 1498.

O Vasco chegou a 13 pontos, agora sexto colocado. Na próxima vai ao Serra Dourada encarar o Goiás. Em 12º, dez pontos, o Criciúma vai a São Paulo pegar a Portuguesa.

O JOGO

São Januário ainda reverenciava o Reizinho quando a côrte ficou apreensiva. Seria muito anti-clímax se a entrada forte de Gílson, com apenas um minuto de jogo, tivesse tirado Juninho da partida. Não passou de um susto. Após atendimento médico fora de campo, ele voltou. E as faltas seguiram. Até que Fábio Ferreira levou o cartão amarelo. Mal girava o ponteiro do relógio e vinha outra falta, como fez Marlon em Eder Luis à meia distância.

Com Juninho refeito, seria gol de quem? Gol do Juninho. Nada monumental como o marcado contra o River Plate pela semifinal da Libertadores de 1998. Foi mais na sorte, na ajudinha do goleiro Bruno, que aceitou o chute. Pouco importa. Dias após a comemoração dos 15 anos do lance contra os argentinos, nada melhor que uma cobrança de falta para a torcida explodir: “Gol do Juninho! Monumental!”

Até metade do primeiro tempo, era um Vasco veloz, com Eder Luis puxando contra-ataque, Henrique bem no apoio, Wendel como elemento surpresa e Rafael Vaz presente nas bolas aéreas. Porém, o Criciúma acordou também com algumas faltas na entrada da área e contra-ataques armados por Cassiano, que teve uma chance de ouro, livre. Mas a saída de Diogo Silva salvou o que seria empate.

Não fosse a aparição do recém-contratado Guiñazu em um camarote no estádio, a volta do intervalo teria o mesmo enredo da etapa inicial. Aos dez minutos, falta para o Vasco. Desta vez Rafael Vaz foi abusado. Chamou a responsabilidade e acertou uma cobrança bem colocada.

Aí Ivo deve ter pensado: “Se eles podem, por que eu não posso?”. Em uma falta na lateral da área, mandou direto para o gol. Fábio Ferreira subiu, tentou desviar, mas foi de Ivo o lance que abriria as portas da esperança dos catarinenses.

Então Marlon resolveu cobrar lateral direito na área, com um pequeno desvio no meio do caminho. Diogo Silva, o mesmo que havia salvado o que seria o gol de Cassiano, falhou. Um tapa na bola e deixou na medida para Wellington Paulista acertar uma bicicleta. Daniel Carvalho entrou no lugar de Amaral para dar mais ofensividade.

A torcida se calou. São Januário parou. Juninho voltou. Mais uma falta, agora mais distante. O Reizinho mandou na área, para Edmilson, sozinho, fazer explodir a torcida. O Vasco adotou um estilo mais cauteloso, então. Apostou em contra-ataques. Eder Luis foi fominha, a torcida reclamou. Mas o dia era de festa. Cantos para Juninho, cantos de São Januário o Caldeirão, e eufóricos gritos de "o campeão voltou".

GALERIA

VÍDEO



FICHA TÉCNICA

VASCO 3 X 2 CRICIÚMA

Local: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 27 de julho de 2013, sábado
Horário: 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Márcio Chagas da Silva (RS)
Assistentes: José Eduardo Calza (RS) e Edilson Frasão Pereira (TO)
Cartões amarelos: André, Jomar e Juninho Pernambucano (Vasco); Fábio Ferreira e Matheus Ferraz (Criciúma)

GOLS
VASCO: Juninho Pernambucano, aos 8min do primeiro tempo; Rafael Vaz, aos 10min do segundo tempo; Edmílson, aos 28min do segundo tempo
CRICIÚMA: Ivo, aos 16min do segundo tempo; Wellington Paulista, aos 26min do segundo tempo

VASCO: Diogo Silva, Nei, Jomar, Rafael Vaz e Henrique (Fellipe Bastos); Sandro Silva, Wendel, Pedro Ken (Edmílson) e Juninho Pernambucano; Eder Luis e André (Tenório)
Técnico: Dorival Júnior

CRICIÚMA: Bruno, Sueliton, Matheus Ferraz, Fábio Ferreira e Marlon; Amaral (Daniel Carvalho), Gilson, Leandro Brasília e Ivo (Fabinho); Cassiano (Marcel) e Wellington Paulista
Técnico: Vadão

ESTATÍSTICAS



TROFÉU NETVASCO 2013

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Col.JogadorMédiaCol. no anoMédia no ano
Juninho9.2599*9.4371
Rafael Vaz7.9935*6.5147
Edmilson6.7581*3.7512
Sandro Silva6.522013º4.7941
Wendel6.11055.2851
Jomar5.9769*6.3652
Eder Luis5.858514º4.7039
André5.8289*5.9494
Nei5.800016º4.2996
10ºTenorio5.744812º5.0282
11ºHenrique5.5292*5.8973
12ºPedro Ken5.259210º5.1957
13ºFellipe Bastos4.344417º3.9453
14ºDiogo Silva4.0014*5.7231

* = não classificado (menos de 10 jogos) | Total de votos: 1385 | Ranking 2013

Fonte: GloboEsporte.com (texto), Youtube (vídeo), Gazeta Esportiva (ficha), Lancenet (fotos), Site oficial do Vasco (fotos), Fim de Jogo (foto)