Na estreia contra o Fluminense, domingo passado, Henrique pode não ter brilhado. Aos 19 anos, o jogador saiu de um coletivo entre juniores e profissionais direto para a reabertura do Maracanã para clubes. Mas o garoto esteve longe de comprometer. Bem na marcação, ajudou o time e ganhou elogios. Um deles, de Juninho, que tem o dobro da idade do lateral-esquerdo vascaíno. O contrato de Henrique termina dia 25 de outubro, a menos de três meses. O Vasco já procurou o empresário do atleta, Rodrigo Pitta, para a primeira conversa, e agora busca a renovação em poucas semanas.
Durante esta semana, Henrique seguiu como titular da lateral. O peruano Yotún, titular da seleção do Peru, segue na reserva, assim como Fagner, que chegou esta semana para reforçar o Vasco. Na zaga, outro garoto que está firme na posição é Jomar, de 20 anos. E a garotada, que já tem o apoio de Dorival, um treinador que gosta de trabalhar com jovens da base, ganhou nas palavras de Juninho um incentivo a mais.
- Para mim, o Vasco não arrumou uma solução para a lateral-esquerda. Arrumou três. Porque tem o Lorran também que eu colocaria para jogar tranquilamente. E tem ainda o Yotún, um cara de mentalidade vencedora. Bom que o clube buscou em casa, o que já fez várias vezes em outras oportunidades e sempre que foi campeão era assim - disse Juninho, com conhecimento do que falava, já que a geração campeã brasileira e da Libertadores de 97 e 98 tinha valores com destaque de Pedrinho e Felipe.
Juninho ainda confrontou a estratégia preferida de muitos treinadores, que colocam meias fora de sua posição de origem ao invés de um garoto que tem qualidade nas divisões inferiores.
- Não pode ter medo de arriscar quando precisar de um garoto. Sou a favor da base à improvisação. Se o cara é titular do sub-18, do sub-20, claro que com o devido acompanhamento do clube, de psicólogo, do treinador, dos mais experientes, eles têm que jogar, se for preciso - defendeu Juninho.
Crítico do pequeno aproveitamento da base em sua última passagem em São Januário, Juninho aproveitou para elogiar um ex-companheiro de Vasco, o capitão da Libertadores de 1998, Mauro Galvão.
- O Vasco tem histórico de trabalho bem feito na base. Agora, com o Mauro (Galvão), um cara sério, que talvez até não tenha toda condição de fazer um grande trabalho em termos de estrutura, é muito importante usar bem a base - pediu o Reizinho, revelado nas categorias de base do Sport, em 1994.
Fonte: GloboEsporte.com