Chamado para um jogo-treino na última terça-feira, Henrique (94) agradou Dorival Júnior. Lateral esquerdo do time Sub-20 do Vasco, já havia se destacado no último Campeonato Carioca da categoria, no primeiro semestre. Na seca da posição entre os profissionais vascaínos, virou titular para o clássico deste domingo contra o Fluminense para a reabertura do Maracanã. Há algumas curiosidades em torno de Henrique, mas um fato que deve preocupar os cruzmaltinos: seu contrato se encerra em 25 de outubro de 2013. Desde março, pode assinar com outro clube.
Em declarações ao programa Só dá Vasco, e reproduzido pelo ótimo blog Meninos da Colina, o diretor da base vascaína Mauro Galvão passou tranquilidade sobre a questão contratual. “Veremos como vai ficar a situação contratual dele, mas nossa intenção é de renovar o quanto antes. Esperamos resolver a situação dele antes do início das competições de agosto”, afirmou há alguns dias.
Promover a estreia de um jogador ao profissional com três meses de contrato, no futebol de hoje, é administrativamente inadmissível. O fato é impensável em um mercado competitivo que envolve grandes clubes e acordos verbais são quebrados com facilidade. E se Henrique tiver uma grande atuação contra o Fluminense? Como seus empresários poderiam reagir à ofertas financeiramente mais vantajosas? O salário do jovem em São Januário, atualmente, não alcança os dois dígitos. O próprio Vasco, por sinal, tem um exemplo pedagógico neste sentido.
Há cinco anos, o também lateral Pablo (88) foi promovido aos profissionais em caráter emergencial por Antonio Lopes. Seu jogo de estreia? Um clássico contra o Fluminense, pelas semifinais da Taça Guanabara: Pablo teve ótima atuação, mas ficou marcado por perder o pênalti que determinou a eliminação vascaína. O lateral pertencia ao Olaria e estava em reta final de contrato. Assim, foi negociado com o Zaragoza e, ao Vasco, coube 10% do valor de sua transferência. Passou pela Espanha, Cruzeiro, Figueirense e Bahia, mas não vingou.
Em São Januário desde os 10 anos de idade, Henrique também veio de Olaria, onde nasceu. Até os juvenis, era um meia esquerda sem grande destaque, até que Tornado, seu treinador, propôs que atuasse na lateral. No início do ano, Dieyson (93) foi promovido por Gaúcho e abriu espaço para seu reserva. Pelo Campeonato Carioca Sub-20, Henrique se destacou apesar da campanha regular do Vasco.
Neste ano, o peruano Yotún, Dieyson, Thiago Feltri e até o destro Nei já foram utilizados pelo Vasco na lateral esquerda. Chegou a hora de Henrique.
Fonte: Blog Prata da Casa - Terra