Integrantes da FNT (Frente Nacional dos Torcedores) e do movimento 'Maraca é nosso' protestaram neste domingo, horas antes do clássico entre Fluminense e Vasco, nas imediações do Maracanã. Além de um enterro simbólico da arena, em frente a rampa do Bellini, foram entregues panfletos criticando a privatização e a reforma do estádio carioca.
"O Maracanã não pertence mais ao povo brasileiro, virou um estádio elitizado, com dono e preocupação exclusiva em gerar lucro. Querem acabar com a cultura do torcedor, ignoram anos de história", disse Raul Victor, um dos representantes da FNT.
O movimento esperava entre 400 e 500 pessoas, mas cerca de 60 estavam presentes 1h30 antes do apito inicial. da partida. Um dos panfletos dizia para que os torcedores fizessem 'aviões' com o papel e arremessassem no gramado no começo do clássico. O clima, porém, era de tranquilidade. O Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádio) apenas acompanhava o ato.
O custo da reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 atingiu em maio a marca de R$ 1,12 bilhão. A cifra foi alcançada após o governo do Estado do Rio de Janeiro assinar um aditivo de quase R$ 200 milhões no contrato para a adequação do estádio para o Mundial da Fifa.
Inicialmente, a reforma do Maracanã para a Copa custaria R$ 600 milhões. Essa foi a estimativa de custo divulgada pelo governo do Estado do Rio de Janeiro ainda em 2010, quando decidiu-se novamente remodelar o estádio, três anos após a conclusão da reforma para os Jogos Pan-Americanos de 2007.