Rodrigo Dinamite: 'Pedem para eu bater falta e jogar como ele. Nunca serei igual ao meu pai'

Domingo, 21/07/2013 - 10:28

Tem paixão que é hereditária. Pelo futebol, não é diferente. É o caso de filhos de ex-jogadores que sonham repetir, nos campos, a mesma trajetória dos pais. A Retratos reuniu alguns deles, num vestiário, para uma conversa descontraída sobre comparações e assédio. Se vão virar craques nos gramados, só o tempo dirá. Sucesso com as torcedoras, eles já fazem.

Eles ainda são meninos, mas a cobrança é de gente grande. Filhos de ex-jogadores de futebol, Rodrigo Dinamite, Stephanno Leal (filho de Branco), Renan e Bruno Donizete cresceram ouvindo comparações com os pais.

Afinal, tem peso maior do que ser atacante e filho de um ídolo como o atual presidente do Vasco? Aos 20 anos, Rodrigo ouve críticas desde criança. “Pedem para eu bater falta e jogar como ele. Nunca serei igual ao meu pai”, afirma o jovem, que é alvo até do próprio pai. “Ele brinca dizendo que, se eu fizer metade dos gols (754) dele, já está bom”. Contratado pelo Vasco até dezembro, seu time do coração, Rodrigo sempre foi de namorar e desde cedo convive com o assédio: “As pessoas me apontam na rua, mas normal. Já acostumei”.

Quem não se lembra do golaço de falta de Branco contra a Holanda na Copa do Mundo de 94? Filho do jogador, Stephanno Leal tem não só o tom de pele do pai como, segundo um primo, o chute forte. Cria do Fluminense, o meia de 18 anos está de mudança para Portugal, onde jogará pelo Porto. Bem-humorado, o solteirão brinca: “Elas disputam a minha titularidade. É um plantel de mulher dando mole”, ri Stephanno, que se vê na Copa de 2018: “É a minha meta. É só trabalhar para isso e continuar determinado como sou”.

Ainda no primeiro ano de juniores do Flamengo, Renan Donizete já tem discurso, postura de jogador e, acredite, fã-clube. “Estou procurando uma bonitinha ali, mas não tem”, brinca. Aos 17 anos, o meia-atacante começou a carreira no Vasco aos 12 anos, mas está no Rubro-negro desde os 13. Menino, ele não quer saber de namorada e, apesar da cobrança do pai, Donizete, o Pantera, vê o lado bom: “Tenho um ‘treinador’ dentro de casa que me ensina as manhas do futebol”.

Aos 21 anos, Bruno Donizete é o filho mais velho do Pantera que também tenta alcançar o sucesso na carreira. Atacante, ele está há quatro anos no futebol mexicano, onde encerrou seu último contrato, com o Chivas, e trouxe muitas histórias para contar. “As mexicanas não podem ver um moreno e jogador que se jogam”, conta ele, que se diz fiel à namorada, apesar de já ter sofrido ataques de ‘Valdirenes’. No campo, Bruno faz o estilo do pai, misturando velocidade e força.

Os filhos de jogadores que seguem a carreira do pai não para por aí. Romarinho, Rivaldo Junior, Rafinha e Thiago Alcântara (filhos de Mazinho), Lucas Surcin (de Marcelinho Carioca) e Fábio Braga (de Abel) são alguns exemplos.

Produção:Rita Moreno; Eles vestem: Bumbum, Leader, Renner e Wilson Sports; Agradecimentos:Body Tech



Fonte: Retratos da Vida - Extra Online