Na última terça-feira, membros da diretoria da Cruzada Vascaína, tiveram um encontro com o CEO do Vasco Cristiano Koehler para tratar da participação do clube no consórcio do Maracanã.
Há muito tempo, a Cruzada vem sustentando através de notas, colunas e posicionamentos em redes sociais que seria um grande erro estratégico abrir mão da utilização do Maracanã mesmo com o Vasco sendo o único clube com estádio próprio no Rio de Janeiro que é o nosso sagrado caldeirão.
Inclusive, na visão do presidente da Cruzada Vascaína, Leonardo Gonçalves, São Januário é o grande trunfo que o Vasco tem para negociar com o consórcio em vantagem sobre os demais clubes.
- “Conversamos com o Cristiano que o Vasco não pode em hipótese alguma abrir mão de usar o Maracanã. Fazendo os jogos de expectativa de até 20 mil pagantes em SJ, o Vasco se apresenta na negociação do Maracanã com um grande diferencial competitivo em relação aos demais, visto que dificilmente fará jogos de pequeno público e consequentemente deficitários no Maracanã.”
Além dele, estiveram presentes ao encontro, o conselheiro fiscal João Marcos Amorim, o coordenador do GT Vasco Qatar Fabio Muniz, assunto que também foi abordado no encontro, Carlos Henrique Alves e Nelson Silva Junior. Carlos Henrique e o Nelson foram os responsáveis por montar uma apresentação que ilustrou os argumentos que a Cruzada apresentou a Koehler.
Nelson Silva ressaltou que esse assunto do Maracanã é chave para o futuro do clube e pode trazer consequências sérias nas próximas décadas para o Vasco.
- “Acredito que haja uma disputa em jogo que vai além do uso do estádio. As movimentações de agora definirão a geografia do futebol carioca pelas próximas décadas. O Vasco está abrindo mão não apenas de um estádio tradicional e que passou por um processo extremo de retrofit. Nos últimos 10 anos o Vasco vem abrindo mão de ser um dos protagonistas do futebol brasileiro, e o abandono do Maracanã é mais um (e importante) capítulo desta triste novela.”
Os membros da Cruzada acharam o encontro positivo e lamentam que a atuação do grupo é muito limitada pelo fato da situação ter receio em aceitar ajuda da oposição. De qualquer forma, na visão de Carlos Henrique Alves, ficou a esperança de que o clube tenha entendido a gravidade do problema e se posicione o quanto antes de forma estratégica em relação ao assunto.
- “A reunião foi bastante produtiva com o Diretor Geral Cristiano Koehler, que mostrou interesse no assunto. Acredito que o Vasco se posicionará estrategicamente em relação ao Maracanã da forma que a nossa grandeza esportiva, social e histórica merece. Sempre tivemos duas casas, e entendemos que assim continuará a ser…”
