Os patrocínios de Caixa e Nissan vão render R$ 22 milhões por ano aos cofres do Vasco. O banco está prestes a assinar um contrato de R$ 15 milhões por um ano que lhe colocará no peito e no ombro da camisa, espaços que já ocupou no clássico contra o Flamengo. E a montadora, por um acordo que vai lhe colocar nas costas por quatro temporadas, anunciado oficialmente nesta sexta-feira (19/07) no Rio de Janeiro, pagará R$ 7 milhões por ano.
Somados aos R$ 2,5 milhões que a TIM paga para ter o logotipo no interior do número, os novos patrocínios fazem com que o uniforme vascaíno passe a valer R$ 24,5 milhões por ano.
A Caixa estreou na camisa vascaína no domingo, mas o contrato ainda não foi assinado. Faltam as Certidões Negativas de Débito (CND), documento que comprova não haver dívidas com o governo.
O Vasco colocou a marca do banco no uniforme a título de “cessão de uso de marca” depois que mostrou papéis que indicam haver acordos com a Justiça para a obtenção das CNDs. Assim que as certidões forem recebidas, o valor do aporte será publicado no Diário Oficial da União.
O dinheiro vai aliviar a rotina dos vascaínos que, desde o ano passado, têm problemas para manter salários em dia – em partes porque a Eletrobras, estatal, principal patrocinador da equipe de 2009 a 2013, não podia depositar o valor na conta do Vasco por causa da falta das CNDs.
E a Nissan?
A Nissan vai ocupar as costas, um espaço do uniforme que gera menos visibilidade na televisão do que o peito, comprado pela Caixa, mas terá exatamente os mesmos benefícios que o banco, de acordo com Murilo Moreno, diretor de marketing da empresa no Brasil.
“É o mesmo pacote com internet, uso do estádio, ingressos que podemos usar com concessionários e clientes, camarote… A diferença é que a Caixa está no peito, e nós, nas costas”, diz o executivo.
O intuito da montadora japonesa, ao firmar um contrato de quatro anos com os cariocas, é deixar a sua marca “mais brasileira”. “Por mais que tenhamos uma fábrica quase pronta no Rio, uma rede de concessionárias instalada, uma das coisas que fazem o brasileiro perceber o carro como local é exatamente quanto a marca está envolvida e absorvida pela cultura brasileira”, diz Moreno.
O posicionamento da Nissan no esporte, até fechar com o Vasco, estava muito mais para os Jogos Olímpicos, do qual é patrocinadora, do que para o futebol. E não quer dizer que esta estratégia mudou drasticamente com a chegada do clube. A montadora, segundo o diretor, quer aproveitar a tradição do clube em esportes olímpicos e no Remo para fazer ações promocionais.
Nas próximas semanas, o diretor da Nissan vai se reunir com Henry Canfield, diretor de marketing vascaíno, para discutir as ações de ativação que fará para aproximar a companhia dos brasileiros.
Fonte: Revista Época Negócios Online