O futsal e o basquete do Club de Regatas Vasco da Gama voltaram a ter o seu local para treinamentos em São Januário; em específico para o futsal, é de se comemorar ainda mais, já que, além dos treinamentos, o esporte também manda suas partidas oficiais nas quadras externas de São Januário, chamadas oficialmente de Complexo Esportivo João da Silva e inauguradas em 2001, como parte das celebrações pelos 103 anos do clube. Elas ficam localizadas ao lado do ginásio principal, que está interditado desde dezembro de 2011, e em frente à entrada do vestiário do futebol profissional.
Reinauguradas na última segunda-feira (15), o Blog CRVG – Em Todos os Esportes foi conferir de perto o retorno aos treinamentos das equipes de futsal do Vasco, e, com exclusividade, conversou com os dirigentes do Departamento de Quadra e Salão do clube.
O Vice-Presidente, Ricardo León Haddad, comentou como foi e está sendo o processo de reforma das três quadras externas de São Januário:
- Nós estamos fazendo o seguinte: pintamos o muro, pintamos a arquibancada, pintaremos o chão do lado de fora entre as quadras, porque dentro é borracha, apesar de não parecer, e não podemos pintar. Estamos pintando a marcação, deixamos para pintar nesta semana a quadra 3 (a maior do complexo, que recebe os jogos oficiais e tem 40 metros de comprimento e 20 metros de largura), estão aprontando o máximo. Na semana que vem vamos passar para uma dessas quadras menores, e vamos liberar aquela; no decorrer da semana que vem ou na outra, a gente passa para a outra quadra, mas sempre terão duas quadras à disposição durante três semanas. Depois podemos liberar as três – explicou o vice-presidente.
O retorno para casa é um fator crucial na motivação dos atletas e das comissões técnicas, que sofreram mudanças em relação ao primeiro semestre na maioria das categorias. Vale ressaltar que o Vasco não perdeu uma partida sequer no Campeonato Carioca do 1º semestre em todas as categorias jogando na Colina.
E Ricardo León se mostrou bastante confiante e feliz com esse retorno para o lar Cruz-Maltino.
- Está todo mundo empolgado, as comissões técnicas estão empolgadas, a maioria das comissões foram trocadas, está todo mundo querendo passar seu padrão de jogo, tanto o Avellar no sub-17, e o Max no sub-15. De qualquer maneira lá, (a quadra 3, que recebe as partidas oficiais) vai ficar melhor do que estava – concluiu.
Quem também comemorou o retorno para São Januário foi o Gerente do Departamento de Quadra e Salão, Marco Bruno, que tem uma história de conquistas no futsal do Vasco, inclusive sendo peça fundamental na formação da equipe adulta campeã nacional em 2000 - o Vasco é ainda o único clube do Rio de Janeiro que conquistou a Liga Futsal.
- A volta para cá (São Januário) só tem aspectos positivos, porque você ter saído daqui ainda mais da forma que foi, imprevista, foi muito ruim. Na época estávamos preocupados em iniciar a reforma do ginásio, quando a gente se viu surpreendido com a interdição daqui. Então foi uma pancada que nós levamos na boca do estômago, no momento crucial quando faltavam três semanas para os jogos playoffs; iríamos jogar todos os segundos jogos dos playoffs em casa – disse Marco Bruno.
Marco também comemorou o fator de não ter que ficar peregrinando em ginásios emprestados, sem saber se no amanhã teria onde treinar. Nesse período de interdição das quadras externas, as equipes perderam bastante o ritmo, tendo em vista que com menos treinamento e não tendo casa para mandar suas partidas, foram fortemente prejudicadas no fator técnico. Em todos do Departamento de Futsal, o sentimento de que o rendimento em número de títulos no Campeonato Carioca poderia ter sido melhor ainda incomoda bastante, fazendo com a interdição das quadras externas ainda seja remoída (a equipe, após um esplendoroso começo nas fases de classificação, chegou a cinco finais, mas acabou com cinco vice-campeonatos, sem nenhum título, apesar da qualidade das equipes). O gerente comentou sobre esse assunto:
- Com isso um ia para um lado, outro para o outro, treino no Grajaú, no Riachuelo, isso foi uma coisa terrível, marcava treino de um dia para o outro. Realmente não é querer chorar, lamentar, mas isso atingiu seis categorias. Essa volta para São Januário é tudo de bom, queríamos fazer uma reinauguração, uma festa, programamos trazer um adversário de fora, não descartamos isso, mas chegamos a conclusão de que tínhamos que voltar mesmo ela não estando nas condições que desejávamos – finalizou o gerente.
Fonte: Blog CRVG Em Todos os Esportes - Supervasco