Uma possível mudança de comportamento nas arquibancas do Maracanã será tema de reunião entre o consórcio, a Federação de Torcidas Organizadas do Rio (Ftorj) e o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), na próxima semana. Mas se depender da Polícia Militar não há razão para vetar a entrada de instrumentos musicais e bandeiras no estádio reformado, como sugeriu o presidente do consórcio, João Borba.
— Bandeiras e instrumentos musicais não têm causado problema. O material não vai mais junto com a organizada. Chega de caminhão mais cedo, é revistado antes dos portões abrirem. Do lado de fora, não tem sido utilizado em brigas e dentro, também não. Não tenho argumento para proibir esse tipo de material — avaliou o comandante do Gepe, tenente-coronel João Fiorentini.
A explicação do oficial se baseia no Estatuto do Torcedor e no Termo de Ajustamento de Conduta de 2011, que proíbe a entrada de material empregado em prática violenta nos estádios. Se nenhum episódio recente ilustra essa utilização, os objetos não são coibidos.
Para o membro da Ftorj, Flavio Frajola, que visitou o Maracanã antes da Copa das Confederações, as torcidas precisam ser ouvidas. Segundo ele, há espaço para o uso de instrumentos e bandeiras entre as cadeiras numeradas, mas caso alguns se sintam incomodados, o clube pode separar um espaço para quem quer torcer à moda antiga.
— Não pode é acabar com a festa. As cadeiras do Engenhão eram pequenas e podia usar instrumentos. O clube com mando de campo pode reservar um local para as organizadas. Se comprar ali terá instrumento, barulho, gente em pé. Muitos simpatizantes procuram o local porque gostam. Pode ser um lado sem lugar marcado e o outro com todo mundo sentadinho — pede Frajola.
Fonte: Extra Online