FORÇA JOVEM 1976: TORCIDA ORGANIZADA O VERDADEIRO ESPETÁCULO É O DAS ARQUIBANCADAS
Ely Mendes Correa é mestre em inventar slogans:
“De hora em hora o Vasco melhora”.
“Au, au, au vermelho e preto são as cores do Mobral”. (para o próximo Vasco e Flamengo).
Ele chefia a Força Jovem Vascaína.
Se é aniversário de algum juvenil, compra um bolo, se a competição é de atletismo, também está lá.
Sua Torcida acolhe a mãe do jogador Roberto, a família de Dé e a mulher do Massagista Santana.
Foi padrinho de casamento de Luís Fumanchu. Tudo isso ele conta orgulhoso, Vascaíno acima de qualquer coisa.
“Só de carteirinhas temos 300 sócios. É uma Torcida grande e a primeira a organizar uma ala em Escola de Samba: Vasco da Vila, na Unidos de Vila Isabel. A maior caravana a acompanhar um Clube para fora do Rio foi organizada por nós. Eram 88 ôninus, lotando a Avenida Rio Branco, do Edificio Cineac a Praça Mauá. E já apresentamos a maior bandeira feita no Brasil: 1 mil 250 metros de pano.”
Os integrantes da Força Jovem pagam Cr$ 10.00 de mensalidades e tem uma Diretoria reeleita de oito e oito meses.
Quem não trabalha não tem regalias. Tudo como incentivo do Presidente do Clube.
“Antes de ser Presidente, ele foi torcedor,” lembra Ely.
Acredita na Torcida para levantar o Time.
Um rapaz forte, Funcionário Público que vive e respira o Vasco, Ely só não consegue controlar uma briga.
“Depois que estoura a boiada, não há jeito. Em Belo Horizonte num jogo do Vasco com o Cruzeiro, voltamos com o ônibus todo quebrado. Mas as rivalidades entre os Clubes já foram maiores. De qualquer maneira, sem elas, não existiria o Maracanã.
Fonte: Jornal do Brasil 09 de Junho de 1976.