A distância entre uma passagem e outra foi curta. Menos de sete meses depois de trocar o Vasco pelo New York Red Bulls, dos Estados Unidos, Juninho Pernambucano volta a São Januário nesta sexta-feira para assinar contrato até o fim da temporada. Porém, a idolatria da torcida cruz-maltina com o Reizinho e, principalmente, o compasso dos acontecimentos na Colina fizeram a espera pelo meia parecer uma eternidade.
Ao anunciar sua ida para o futebol norte-americano no dia 17 de dezembro de 2012 devido aos constantes atrasos salariais no Vasco e à sua vontade de ver as filhas estudando nos Estados Unidos, Juninho encontrará o Gigante da Colina totalmente reformulado. Se os problemas de pagamento persistem (até tendo motivado o pedido de demissão do técnico Paulo Autuori), o cenário de elenco e diretoria é quase todo uma novidade para o armador de 38 anos.
Uma das mais sentidas perdas no processo de desmonte do conjunto vascaíno ao final do ano passado, Juninho vai encontrar um total de 15 jogadores com os quais não conviveu no último ano. Especialmente o meio-campo, setor onde atua, sofreu grandes modificações. Saíram Felipe, Eduardo Costa, Nílton e Carlos Alberto (dispensado oficialmente nesta quinta-feira pela diretoria) para as chegadas de Montoya, Alisson, Pedro Ken, Fillipe Soutto e Sandro Silva.
O comando técnico também passou por muitas mexidas no período de ausência do Reizinho. Dirigido por Ricardo Gomes, Cristóvão Borges, Marcelo Oliveira e Gaúcho em sua mais recente passagem pelo clube, Juninho será treinado por Dorival Júnior, que comandou sua primeira atividade nesta quinta em substituição ao demitido Paulo Autuori, apontado como um dos fatores que poderiam facilitar a volta do meia ao clube quando o jogador anunciou seu desligamento do NY Red Bulls.
Além disso, a direção vascaína foi alvo de trocas também. Anunciado para comandar o clube no dia seguinte à saída de Juninho, Cristiano Koehler é o homem de confiança do presidente Roberto Dinamite no cargo de diretor geral. Nas esferas futebolísticas, outras mudanças. Diretor executivo de futebol contratado no início de dezembro, René Simões foi outro a deixar o clube nos meses em que o meia atuou no exterior. Para o seu lugar, o Vasco optou por Ricardo Gomes, antes diretor técnico e esse sim muito ligado a Juninho desde sua passagem anterior.
Se as muitas trocas ocorreram enquanto o Reizinho esteve longe da Colina, outras acontecerão com sua chegada. Após oscilar entre Fellipe Bastos, Carlos Alberto ou qualquer outro que se aventurasse na missão, o posto de cobrador oficial de faltas e escanteios do Vasco passa novamente a ter dono. Contudo, a mudança que a torcida mais quer que venha a reboque do retorno de Juninho é a melhora do nível técnico da equipe, 14ª colocada no Campeonato Brasileiro e com aproveitamento inferior a 50% no ano.
Fonte: Yahoo Esporte Interativo