Formado nas seleções de base do Sport, de Recife, Juninho Pernambucano se transferiu para o Vasco em 1995 para entrar na história do clube. No dia 11 de julho de 2013, o apelidado carinhosamente pelos torcedores cruz-maltinos de Reizinho, que já tem seus 38 anos, retornou ao Gigante da Colina para fechar sua carreira com chave de ouro. Na sua vida futebolística, o meio campo colecionou títulos por onde passou. Em clubes como Sport, Vasco da Gama, Lyon, Al Gharafa, New York Red Bulls e Seleção Brasileira, o jogador mostrou ao mundo como percorrer um caminho de sucesso.
Foi em São Januário que Juninho pôs seu nome na história do futebol. Em 97, o jogador conquistou o seu primeiro título oficial pelo Vasco, o Campeonato Brasileiro. Porém, a torcida vascaína ainda teria muito para comemorar junto ao seu novo futuro ídolo. Famoso por ter uma vasta habilidade nas cobranças de falta, seu ápice foi a conquista da Libertadores de 98, na semifinal contra o River Plate, da Argentina. Neste jogo, foi o seu gol de falta que levou o clube cruz-maltino a final da composição que viria a ser campeão, com direito até a uma música que exaltava a sua cobrança perfeita. Só pelo clube carioca foram dois Campeonatos Brasileiros (1997 e 2000), uma Copa Mercosul (2000) e uma Libertadores (1998), além de outros títulos estaduais e do eixo Rio e São Paulo.
Depois do grande sucesso pelo Brasil, foi a vez do craque camisa oito desfilar todo seu talento em solo europeu. Em 2001, o Lyon, da França, apresentou o atleta que ganhou nada mais que onze títulos, todos divididos entre Campeonato Francês, Supercopa da França e Copa da França, além de premiações individuais de melhor jogador estrangeiro do Campeonato Francês de 2004 e o melhor jogador do Campeonato Francês de 2006. Suas atuações lhe renderam bons frutos, como convocações pela Seleção Brasileira, no qual ele conquistou a Copa das Confederações de 2005. O seu ciclo na terra da Torre Eiffel terminou em 2009 quando, sem muito clima no clube, preferiu arriscar sua carreira no futebol árabe.
Não muito diferente, no Al Gharafa Juninho escreveu mais capítulos de conquistas na sua história. Em 2010, ano que foi eleito o melhor jogador do Quatar, o meio campo acrescentou à sua extensa lista de títulos a Qatari Stars Cup (2010), Liga do Qatar (2010) e Quatar Crown Prince Cup (2010 e 2011). Eis então que o jogador formado pelo Sport havia conquistado três continentes em sua carreira.
O bom filho a casa torna, e o ídolo vascaíno retorna à São Januário no dia 27 de abril de 2011. A equipe vinha da conquista da Copa do Brasil e, no mesmo ano, passou o Campeonato Brasileiro brigando nas primeiras posições, sem sucesso. O mesmo aconteceu na Sulamericana, competição em que o Vasco caiu na semifinal para o Universidad de Chile, campeã do campeonato.
Todo esforço do elenco e do jogador não foram suficientes e, com a perda da Libertadores de 2012, Juninho preferiu deixar o clube. Sem conversa, transferiu-se para os Estados Unidos, seguindo exemplos de David Beckham, Henry, Rafa Marques e outros. No New York Red Bulls, a passagem durou pouco: menos um ano e nenhuma conquista. O atleta alegou não se sentir bem e decidiu romper seu contrato, deixando o seu futuro em aberto.
Hoje, o Vasco, vivendo uma fase de transição e demonstrando um futebol de baixo nível, acertou a volta do eterno Reizinho da Colina. Juninho chega não só para tentar ajudar a levantar o cruz-maltino, mas também para se aposentar no clube que lhe concedeu projeção para o mundo. Seu contrato teria a duração até o fim de 2013, quando ele realizaria um amistoso para pendurar as chuteiras que fizeram a alegria de muitos no futebol.
Fonte: Super Rádio Tupi