Roberto Dinamite, Ricardo Gomes e Cristiano Koehler entraram pela madrugada de terça-feira tentando mostrar ao técnico Paulo Autuori que o radicalismo não seria a postura mais sensata para um profissional que havia "comprado" a ideia de ajudar no trabalho de reorganização do futebol do Vasco.
Seria a "cota-parte" de um treinador experiente, vitorioso, financeiramente independente, e de raízes cruzmaltinas _ como o próprio fez questão de ressaltar durante todo o processo de negociação para sua contratação.
Irredutível, o severo Autuori manteve-se firme em sua decisão de abandonar o cargo, valendo-se de uma filigrana incluída em contrato, justamente para mostrar a intenção do clube em "pagar salários em dia".
Resumo: não aceitou as alegações de que o clube fora prejudicado pela burocracia que envolve a penhora de suas receitas, deu de ombros para o fato de o time ter dois clássicos regionais nas próximas rodadas do Brasileiro e não mediu palavras ao expor as mazelas da instituição Vasco da Gama.
Para os vascaínos, foi como ter dormido numa noite de março com um Dom Quixote, romântico e sonhador, e acordado no início de julho com o realista Sancho Panza...
DORIVAL.
A sensação de ter abandonado um projeto inacabado pode facilitar o retorno de Dorival Júnior, com quem a diretoria vascaína conversa hoje, tentando sua contratação.
O técnico foi comandante do time na campanha pela Série B, em 2009.
Dorival aceitou vir ao Rio conversar e o acerto pode facilitar o pagamento dos R$ 750 mil que o clube lhe deve sem a morosidade da Justiça Trabalhista.
Fonte: Blog Futebol, Coisa & Tal - Extra Online