Agora já sem o técnico Paulo Autuori e atrás de um novo treinador, o Vasco ainda aguarda, ansiosamente, o acordo com a Fazenda Nacional, que ainda não foi publicado no Diário Oficial da União. A última reunião com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional aconteceu há 14 dias, no dia 26 de junho, data em que o acordo foi fechado extrajudicialmente, segundo fontes do clube. Nos bastidores, o clube confia que o caso possa finalmente ser resolvido ainda essa semana, mas não arrisca mais prazo nem expõe previsões. A aposta da diretoria desde janeiro e que foi reforçada na contratação do agora ex-treinador Autuori era que no meio do ano, na virada do semestre, o clube já obtivesse as certidões e pudesse anunciar patrocinadores e desbloquear verbas penhoradas.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM em abril, o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, dizia que esperava conseguir as certidões em “um ou dois meses”. Em outra entrevista, o diretor geral do Vasco, Cristiano Koehler, também mostrava perspectiva otimista até antes do fim de junho:
- O acordo é chave para tudo. Se tudo der certo, em breve, até o fim de junho, vamos mostrar todos resultados e passar todas as informações para os torcedores - dizia Koehler, dois meses depois da entrevista do presidente do Vasco.
Em São Januário, a preocupação é de não pressionar a Fazenda de maneira alguma. Depois de inúmeras reuniões em Brasília e de um acordo extrajudicial já fechado, o clube aguarda o desfecho positivo para poder anunciar o primeiro patrocinador, a Nissan, que só dependeria do acordo com a Fazenda, de apenas uma certidão - já que o órgão do governo pode penhorar judicialmente qualquer receita que entre no clube.
- Estamos aguardando, é um trâmite judiciário que pode demorar uma semana ou um mês. Não acredito que demore um mês, mas vamos aguardar - disse o diretor jurídico do Vasco, Gustavo Pinheiro.
Para o outro contrato, do patrocinador master, com a Caixa Econômica Federal, o Vasco precisa do acordo com a Fazenda e de outras certidões negativas de débito com o governo. Ou seja, precisa renegociar todas as dívidas com outras esferas do governo para ter acesso às demais certidões e assinar com um patrocinador público, como é a CEF.
- São duas frentes: uma é liberar a penhora sobre o clube e outra é conseguir as certidões - explicou Pinheiro, que não respondeu se o que falta para a concretização dos acordos seriam garantias financeiras que devem ser apresentadas pelo Vasco.
- Preferimos não entrar nesse nível de detalhes - disse o diretor jurídico do Vasco.
Revisão de prazo com otimismo
Na coletiva deste início da tarde de terça-feira, o diretor geral Cristiano Koehler reforçou que os acordos estão próximos, mas não estipulou nova data. Até mesmo uma coletiva para anúncio da Nissan, que chegou a ser pré-marcada para a última sexta-feira e poderia ser no próximo dia 12 agora está suspensa até nova determinação.
- Não falta muito. Em breve poderemos anunciar patrocinadores e outras ações que vão reforçar nosso caixa. Vamos fazer com que todos possam receber, não só a dívida que existe, mas os pagamentos correntes - disse o diretor.
Com a frustração da perda de Autuori, Koehler revelou que a direção reviu o prazo do clube para regularizar as condições de pagamento a atletas e funcionários.
- Com o andar das coisas, decidimos reavaliar esse prazo. Na semana passada, com a necessidade de pagar o mês de abril e a palavra dada que pagaríamos pelo menos um mês, fomos ao mercado e conseguimos um empréstimo pessoal para pagar - afirmou Koehler.
Fonte: GloboEsporte.com