O nome escolhido pelo São Paulo para assumir o comando da equipe é o de Paulo Autuori. Desde sexta-feira, o presidente Juvenal Juvêncio, o diretor de futebol Adalberto Baptista e o vice-presidente João Paulo de Jesus Lopes chegaram ao consenso de que o treinador do Vasco é a melhor opção para contornar a crise que vive a equipe paulista após a derrota para o Corinthians, na primeira partida da Recopa, e a demissão de Ney Franco. Depois da derrota para o Santos, a torcida, na arquibancada do Morumbi, voltou a gritar o nome de Muricy Ramalho, que não foi contatado por ninguém do São Paulo.
Também na sexta-feira, venceu o prazo dado pelo Vasco a Autuori para pagar salários atrasados. O clube não cumpriu, e deixou o treinador muito decepcionado. Após a derrota por 5 a 3 para o Internacional, ele disse que haverá uma reunião na segunda-feira para definir sua situação.
Caso Autuori deixe o Vasco, seu telefone não vai demorar a tocar. Ele tem aceitação total da diretoria do São Paulo, que já tentou contratá-lo duas vezes desde sua saída, no fim de 2005, após conquistar a Libertadores e o Mundial de Clubes. Em 2011, Adalberto Baptista chegou a visitá-lo no Rio de Janeiro, mas ele não obteve liberação do Al-Rayyan, clube do Qatar que dirigia na época.
Não há uma segunda opção clara no Morumbi. Apesar dos gritos de parte da torcida por Muricy Ramalho, tricampeão brasileiro no Tricolor entre 2006 e 2008, ele ainda não foi cogitado. Juvenal Juvêncio leva em consideração a idolatria pelo treinador, e os fatos de ele ser são-paulino e seu amigo pessoal, mas vê o nome Autuori mais adequado neste momento.
Caso o interesse não se concretize, Muricy ganhará força, já que outros profissionais que agradam ao presidente dificilmente sairiam de seus times neste momento. São os casos de Cuca, do Atlético-MG, e Abel Braga, do Fluminense. Entre os que estão desempregados, só mesmo Muricy faz parte da lista de Juvenal. Vanderlei Luxemburgo e Dorival Júnior não estão nos planos.
Paulo Autuori tem respaldo de boa parte da comissão técnica que trabalhou com ele em 2005, caso de Milton Cruz, auxiliar técnico que comandou o time na derrota para o Santos, e também a admiração do goleiro Rogério Ceni, principal jogador daquela equipe.
Fonte: GloboEsporte.com