Sem regularização dos pagamentos, Autuori pode deixar o Vasco após o jogo contra o Inter

Sábado, 06/07/2013 - 06:02

A paciência do técnico Paulo Autuori chegou no limite. A promessa dos dirigentes de que o salário de maio seria pago nesta sexta-feira, não foi cumprida, e o treinador não quer mais esperar uma solução. O clima em São Januário era de expectativa. Cientes de que o treinador é o único com força para brigar por melhores condições de trabalho, jogadores e funcionários temiam que Autuori sequer viajasse com a delegação para Porto Alegre, onde o Vasco enfrenta o Internacional, neste domingo, no Estádio Centenário, em Caxias do Sul.

O treinador seguiu com a delegação, mas a volta do time ao Rio pode ser com o cargo vago. Desde que assumiu o comando do time, Autuori estipulou o mês de julho como o limite para que todas as pendências financeiras fossem resolvidas. E o treinador sabe que a solução prometida pelos dirigentes ainda está longe do fim. E a decisão de deixar o Vasco independe do interesse demonstrado nesta sexta pelo São Paulo, que demitiu Ney Franco.

- A partir de julho não pode mais haver atrasos. Não só de jogadores, mas de todos os funcionários - cobrou Autuori, na semana passada.

Apesar da saída iminente do treinador, os dirigentes do Vasco parecem não demonstrar preocupação.

- Acreditamos no Paulo, no projeto que fizemos. Ele sempre se mostrou uma pessoa que está no Vasco não por dinheiro, mas pelo projeto de reestruturar o clube. Não é o interesse de outro clube ou os problemas que ainda temos com salários que vai mudar isso - aposta o diretor-geral Cristiano Koelher.

Se a decisão de permanecer ou não como treinador cabe apenas a Autuori, o futuro de Carlos Alberto está nas mãos dos dirigentes. O apoiador treinou normalmente na sexta, mas não viajou para o Sul. Ele foi chamado para uma reunião na próxima segunda-feira, com a presença do presidente Roberto Dinamite e o diretor de futebol, Ricardo Gomes, na qual deverá ser comunicado que não terá o contrato renovado.

Fonte: Extra Online


Vasco descumpre prazo para quitar salários e teme saída de Paulo Autuori

O clima de apreensão domina os bastidores do Vasco. O time enfrenta o Internacional, domingo, às 16h, em Caxias do Sul, pelo Campeonato Brasileiro, mas o foco está no temor da administração em razão da possibilidade de saída do técnico Paulo Autuori pelos problemas financeiros. A diretoria não cumpriu o prazo para o pagamento do mês de maio na última sexta-feira, mas manteve o discurso otimista pelo processo de regularização econômica até o final do mês.

Os dirigentes não admitem publicamente a chance de perder Paulo Autuori por conta dos atrasados e asseguram que o treinador está sendo informado diariamente de todo o planejamento para a obtenção das certidões negativas de débitos - documento emitido pela Receita Federal que comprova a não existência de dívidas com órgãos públicos. A meta é divulgar o acordo referente ao passivo e anunciar na sequência os patrocínios com a Caixa Econômica Federal e a montadora de automóveis Nissan.

Desde a chegada ao Vasco, Paulo Autuori foi informado pela administração Roberto Dinamite que o mês de julho era o prazo para que o clube colocasse as finanças em ordem. O profissional já deixou claro em algumas ocasiões que pode deixar o comando do time caso as promessas não sejam cumpridas. Elenco e funcionários esperavam o pagamento de maio na última sexta-feira, fato que não ocorreu.

Paulo Autuori chegou a falar sobre o caso no último dia 28, quando o Cruzmaltino quitou o salário de abril. “O prazo foi dado pela diretoria. O problema não é só pagar agora. A questão é que a partir de julho não podem mais existir atrasos nos salários dos profissionais que trabalham no clube. Essa é a meta que a direção deseja cumprir”.

Na quinta-feira, o diretor executivo Ricardo Gomes reconheceu que o pagamento de maio não seria realizado. “Trabalhamos para zerar no mês de julho. Se não for no dia 1, vai ser no dia 20. Vai resolver. O Paulo entende que se não for [quitado o salário de maio] na sexta, será na segunda”.

Antes da viagem para Caxias do Sul, local da partida contra o Internacional, o clima era de apreensão nos bastidores. Paulo Autuori se manteve discreto, mas funcionários e jogadores reconheceram o momento delicado. A incógnita sobre o que pode acontecer incomoda os envolvidos. Procurado pela reportagem, o diretor geral Cristiano Koehler assegurou o pagamento do mês de maio e afirmou que o comandante segue no clube mesmo diante dos rumores de uma possível saída.

“Não existe data, mas o salário de maio será quitado na próxima semana. Estamos alinhados com o discurso do Paulo. A nossa ideia é não deixar os salários atrasarem a partir do mês de julho. Falo todos os dias com o treinador. Ele está comprometido com os projetos e objetivos. O Autuori está ciente de tudo o que estamos fazendo. Não vejo risco de saída”, encerrou.

Em meio ao confronto entre o discurso otimista dos dirigentes e a preocupação nos bastidores do departamento de futebol, Paulo Autuori segue o trabalho no Vasco. A expectativa é que o treinador se pronuncie sobre a sequência no clube após o compromisso de domingo pelo Campeonato Brasileiro.

Fonte: UOL