Aniversário às Avessas
Na semana que se inicia, o MUV completa cinco anos à frente do Vasco. Lamentáveis cinco anos. Tristes cinco anos. Destruidores cinco anos. Patéticos cinco anos. Lesivos cinco anos. Opacos cinco anos. Incompetentes cinco anos. Duvidosos cinco anos. Caloteiros cinco anos. Rebaixados cinco anos. Humilhantes cinco anos.
Chegaram ao poder sob as promessas de modernos, profissionais, transparentes, competentes e críveis tempos. Nos entregaram o atraso, a incapacidade de gestão, as trapalhadas cotidianas, a incredibilidade dos calotes, o rebaixamento esportivo, a curvatura institucional perante adversários e entidades, o aniquilamento dos esportes amadores, a implosão das divisões de base e o sucateamento do patrimônio não visível nas telas de TV.
Rebaixaram o futebol do Vasco de divisão. Tornaram-no o nono clube em recebimento de cotas de TV e, consequentemente, em exposição em TV. Evadiram divisas em casos de mecanismo de solidariedade. Empregaram parentes e assessores incapazes. Beneficiaram empresas destes mesmos parentes. Assinaram contratos suspeitos com empresas cujos donos foram parar na cadeia. Envergonharam os vascaínos em suas vidas públicas, seja com nepotismo, gazeta ou envolvimentos de mais parentes em desvios de dinheiro público. Mantiveram um programa de sócios que pilhou os cofres do Vasco. Celebraram um contrato com uma estatal, da qual receberam aos tropeços, por conta do calote diário nos impostos e obrigações federais. Deste mesmo contrato, fizeram “fiscal” um dos seus, sem que este nada fiscalizasse, para ao fim do contrato ainda cobrar do Vasco cerca de 7 milhões na Justiça. Montaram um esquema de rede de lojas de produtos oficiais cujos proprietários são eles próprios, parentes seus ou demais “laranjas”. Traíram-se entre si. Gravaram-se entre si. Disputaram pedaços do clube entre si, fatiando-o em nome dos próprios interesses escusos. Liquidaram com o sucesso do Colégio Vasco da Gama. Rifaram as divisões de base entre empresários e “grupos de investidores”, alguns dos quais com a participação deles próprios, membros do MUV. Roubaram do clube o que ele tinha de mais sagrado: moral e dignidade.
Mas, sob o manto da covardia, boa parte deles se escondeu. Dizem-se agora oposicionistas ao que hoje circula pela vida vascaína como um espantalho, o senhor deputado Roberto Dinamite, fantoche de Olavo Monteiro de Carvalho. A falta de quadros causada pela debandada covarde e picareta, levou ao clube subprojetos de gestores profissionais, não vascaínos, hoje enredados na própria arrogância geradora de promessas vãs e adeptos do “dar de ombros” se tudo der errado. Uma ópera bufa cujo programa foi transcrito aqui bem antes desta vigaristagem engravatada dar o seu primeiro suspiro em ares antes limpos da Colina.
Não nos esqueçamos, também, durante este período, do papel ridículo desempenhado por parte da grande mídia, a mídia convencional, amortecendo ou escondendo os desmandos e inflando o nada absoluto.
Não nos esqueçamos, igualmente, dos grupos auxiliares, auto-proclamados de oposição, mas que atuaram o tempo inteiro exatamente como os da dissidência acovardada do governo MUV, inclusive participando de uma eleição fraudada para legitimá-la. Toda essa gente careta o covarde dividirá o mesmo palanque nas eleições do ano que vem, podem apostar.
Frente ao agora indisfarçável estelionato é que seguimos nos posicionando de forma única, focada, na mesma direção e sentido de sempre: somos contra eles todos. Contra o que sobrou de governo MUV. Contra o que foi governo MUV. Contra o que auxiliou e auxilia o governo MUV. Contra o que pretende se juntar aos dissidentes do governo MUV. Por ser contra o comportamento de prostíbulo que permeia a política do Vasco é que vamos enfrentar essa gente, seus disfarces, seus discursos e suas novas promessas de prosperidade eterna que mantêm dentro do pacote repleto de laços de fita o desaparecimento definitivo do Vasco.
Todos contra nós? Nós todos contra eles.
CASACA! com Chapa!
Equipe CASACA!
Fonte: Casaca
