O diretor geral do Vasco, Cristiano Koehler, reforçou que o clube pagou "integralmente" o salário na carteira de trabalho de todos atletas e funcionários do clube nesta sexta-feira. O fato de alguns jogadores não terem recebido ou recebido a menos, segundo o dirigente, foi provocado por transação bancária, sem qualquer interferência ou responsabilidade do Vasco.
Em entrevista para a Rádio Globo nesta tarde de sábado, Cristiano Koehler ressaltou o esforço da direção do clube em colocar em dia o salário de todos. Na sexta o pagamento do mês de abril foi efetuado - com exceção de alguns jogadores que não receberam pelo problema de "portabilidade" (transferência de banco para outro). Até o dia 5 de julho a promessa é de pagamento do mês de maio que ainda está em aberto. O Vasco, como outros clubes do Rio, coloca o dia 20 de cada mês como data de pagamento. Cristiano Koehler corrigiu uma informação do GLOBOESPORTE.COM, que dizia que "cerca de 10" recebiam direitos de imagem. Apenas cinco jogadores, segundo o dirigente vascaíno, ficaram sem receber essa parcela do salário, que está prevista para pagamento na segunda-feira.
- Fui pego de surpresa com essa decisão dos jogadores que ocorreu logo pela manhã. Fui avisado por telefone. Entrei em contato com as pessoas que estavam lá, supervisores, executivos e o próprio treinador (Paulo Autuori). A informação que veio de lá é de que jogadores decidiram não treinar em função do não pagamento, porque alguns não tinham recebido e alguns receberam valores inferior. Quero dizer que o Vasco pagou ontem (sexta) integralmente salários de carteira (CLT) do mês de abril para todos jogadores e funcionários. Não tem um jogador que não recebeu. O que pode ter acontecido é que nós pagamos no final do dia e nós temos um banco onde a gente trata isso (o pagamento). Houve uma entrada de recurso no final do dia para que o Vasco fizesse o pagamento. E não tem como alguém ficar de fora porque é um sistema eletrônico, uma TED (Transferência Eletrônica Disponível) onde consta o pagamento de todos que estão na folha. Para aqueles que receberam a menor, o pagamento foi de acordo com o que consta efetivamente na relação do clube com o jogador - disse o diretor geral.
A decisão de não treinar dos jogadores foi tomada cerca de 30 minutos antes do treino. Eles se reuniram no vestiário e, ao notarem que alguns não tinham recebido, chamaram o técnico Paulo Autuori e expuseram a situação. O treinador acatou o grupo e o treinamento foi cancelado.
Em seguida, aos veículos de imprensa que chegavam a situação era exposta conforme relato do próprio técnico e da direção do futebol. Koehler disse que se cada atleta conferisse na conta do clube, todos constatariam o pagamento do mês de abril. Porém, ele preferiu não criticar a atitude dos jogadores e da comissão técnica.
- O clube depositou o salário na conta do jogador. Mas há uma portabilidade de uma conta para a outra. Deve ter havido um problema de portabilidade. Mas já conversamos e vamos conversar com todos na segunda-feira, sem criar qualquer atrito. Vamos explicar o que ocorreu e eles vão compreender. Na segunda vou conversar com Ricardo (Gomes), com Paulo (Autuori), com a comissão técnica, com o presidente (Roberto Dinamite) e vamos entender o que se passou - disse o dirigente do Vasco.
Ainda na entrevista, Koehler lembrou que o pagamento foi realizado "fora da rotina do Vasco, buscamos nas relações pessoais".
- Estamos com maio em aberto. Mas, se tudo correr bem, até o dia 5 de julho, vamos pagar mais um salário de todos. A luta é diária. Estamos com dificuldade financeira em função da penhora. Mas esse assunto esperamos resolver logo logo, porque já está tramitando no judiciário - afirmou Koehler.
Fonte: GloboEsporte.com