Conhecido por defender causas sociais e implantá-las no futebol, o técnico Paulo Autuori criticou o rumo da onda de protestos pelo Brasil após atividade do Vasco, nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro. Bancos foram destruídos e lojas saqueadas principalmente no centro da cidade. A situação preocupa as autoridades, mas o treinador não deixou de falar sobre o assunto ao ser abordado.
“O protesto virou ponto de azaração, lugar para beber e reunião de baderneiros. Isso perde complemente o sentido. Como sempre o brasileiro começa e não termina as coisas. Não podemos fechar os olhos para a luta da maioria por coisas importantes. Está na hora disso mesmo. Os políticos pensam que podem fazer tudo e nunca percebem o que acontece ao lado. Sempre tiram o corpo fora. Porém, precisa ser feito de maneira ordeira”, afirmou o comandante vascaíno.
Paulo Autuori foi além. Ele recordou as manifestações dos caras-pintadas no ano de 1992. O principal objetivo do movimento foi o impeachment do presidente Fernando Collor de Melo. No entanto, a iniciativa foi perdida com o tempo, o que preocupa um personagem importante do futebol brasileiro.
“Espero que seja algo duradouro. Não como os caras-pintadas da época do Color. Eles sumiram e até hoje os procuro. A pessoa não deve ter receio de se manifestar. É muito fácil usar a situação para outros interesses, mas o importante é se posicionar todos os dias”, disse.
“Falo sobre o assunto, mas não acho a minha opinião importante. Não é uma pessoa pública que precisa falar sobre isso. Apenas toco em pontos sociais e a importância disso. Sempre falei e acho que o futebol anda ao lado da questão social. Acredito e brigo pela causa”, encerrou.
Fonte: UOL