Tenorio e Yotún se empolgam com chegada do também gringo Montoya

O mais recente reforço do Vasco na temporada pode ficar tranquilo em seus primeiros momentos no Brasil. Recém-contratado, Montoya realizou apenas dois treinos com o restante do elenco, mas já conquistou dois admiradores. Também estrangeiros, Tenorio e Yotún estiveram presentes em uma tarde de autógrafos nesta quinta-feira, em uma loja localizada num shopping na Zona Norte do Rio de Janeiro, e falaram sobre as qualidades do novo colega.

Tenorio comemora a chance de falar seu idioma de origem em jogos e treinamentos. E isso pode ser bastante benéfico de acordo com o atacante.

- Montoya é um compatriota, Equador e Colômbia são como irmãos. É um jogador que tem muita condição e, como somos estrangeiros, falamos a mesma língua e já nos demos muito bem. Eu, como sou mais experiente, estou aqui para ajudá-lo.

O camisa 11 vascaíno ainda elogiou as características do novo companheiro dentro de campo.

- Acho que o Vasco apostou muito bem nessa contratação. É um jogador muito técnico, que sai com a bola e que vai nos colocar em condição de gol a toda hora. Para o centroavante, isso é ótimo. É um jogador que o time estava procurando – analisou.

Yotún relembrou sua chegada ao Vasco no início do ano e apontou justamente Tenorio como principal referência dentro do clube. Ainda tímido ao falar português, mas já bem adaptado ao Brasil, inclusive pedindo para que músicas como “Lek Lek” e “Show das Poderosas” fossem executadas na loja, o lateral também não poupou elogios a Montoya.

- Montoya foi muito bem nos primeiros treinos, é um jogador com muita habilidade, muita técnica e velocidade. Vai ajudar muito aqui. Joga pela esquerda, assim como eu e é bom porque ali já nos comunicamos em espanhol mesmo.

O peruano se mostrou ansioso pela estreia do meia.

- Tomara que já possa jogar contra o Internacional - disse o peruano, referindo-se ao primeiro jogo do Cruz-Maltino na retomada do Campeonato Brasileiro, dia 7 de julho, em Caxias do Sul.

A partida citada por Yotún pode, inclusive, marcar o fim de um jejum. Desde o dia 30 de junho de 2007 o Vasco não entra em campo com três jogadores estrangeiros como titulares. Na ocasião, os argentinos Dudar e Conca e o colombiano Martin García atuaram na derrota por 3 a 1 para o Cruzeiro, em Belo Horizonte.

Brasileiros acolhem com apelidos e brincadeiras

Além dos estrangeiros, outros três jogadores do elenco vascaíno terão facilidade na hora da comunicação com o novo colega de clube. Sandro Silva, Wendel e Fellipe Bastos, com passagens pela Europa, conseguem se comunicar em espanhol e podem colaborar para o entrosamento. Bastos, que inclusive já havia jogado junto com Tenorio no Catar, não perdeu a chance de “cornetar” Yotún.

- Entendo alguma coisa de espanhol porque em Portugal (quando atuou no Benfica) tive dois treinadores espanhóis. O Tenorio já é praticamente um carioca, fala gíria. Mas o Yotún não tem condição. Já viu a roupa que ele usa? – brincou.

O volante ainda garantiu que dará conselhos para Montoya no Rio de Janeiro.

- Vamos dar uns toques, ajudá-lo, ensinar alguma coisa. Vamos levá-lo para conhecer as belezas da cidade.

Com passagem pelo Málaga, da Espanha, Sandro Silva também brinca com o lateral-esquerdo peruano, e garante que um apelido para o novo reforço é questão de tempo.

- Dá para a gente se comunicar numa boa. O Yotún já tem um apelido, mas eu não posso falar. O Montoya vamos olhar bem ainda para ele, daqui a pouco a gente inventa (risos).