Ricardo Gomes sofreu um acidente vascular cerebral em um jogo há 22 meses, mas diz “sentir-se bem”, ainda que não tenha recuperado todos os movimentos. “Eu tenho uma falta de sensibilidade no lado direito, o que me impede de fazer certos movimentos, como abotoar uma camisa ou dobrar uma folha de papel (Ele imita o gesto). Eu também tenho algumas dificuldades em me locomover. Mas para o resto, eu posso dirigir, posso trabalhar. Eu posso viver”.
O ex-treinador do PSG, Bordeaux e Mônaco voltou a trabalhar no Vasco da Gama, mas não como treinador. Ainda é muito cedo. “Os cirurgiões disseram que eu voltaria a ser como antes depois de três anos. Quando eu me sentir 100%, vou considerar tornar-me treinador. Por enquanto, não posso.”
Jérémy Ménez seria bem-vindo…
Diretor do clube do Rio de Janeiro, Ricardo deve reconstruir uma equipe sem muitos recursos. “Estamos em uma situação financeira muito difícil. Tivemos que nos desfazer de catorze jogadores. É um momento complicado, mas a história do Vasco está acima de tudo. Eu amo esse novo papel, ele me serve muito bem por agora.”
Se o ex-zagueiro do PSG tivesse que escolher um jogador da primeira divisão para fortalecer sua equipe, ele escolheria, sem hesitação, Jérémy Ménez (PSG). “Infelizmente, o Vasco não tem condições de trazer grandes reforços (O maior salário do time é de 160 mil reais, bruto). Mas se há um jogador que eu gostaria de ter é Jérémy Ménez. Ele é meu favorito. Muito talentoso. Eu sei que ele não é unanimidade, mas ninguém é. Se ele quer mudar sua vida, seria bem-vindo aqui (risos)”.
Fonte: Diário L'équipe (texto), Ao Vasco Tudo (tradução)
