O estádio que receberá neste sábado, a partir das 16h, a estreia do Brasil contra o Japão na Copa das Confederações, pode ser escolhido para abrigar a partir do ano que vem uma nova competição, a Supercopa do Brasil.
O responsável pela ideia é o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que aproveitou a realização do jogo entre Santos e Flamengo em Brasília, no mês passado, para intensificar as conversas com representantes da CBF em torno da criação do torneio que reuniria os campeões da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro.
A mais cara das arenas construídas para 2014, ao custo de R$ 1,5 bilhão, o Mané Garrincha seria definido como casa do confronto anual. Se fosse disputado nesta temporada, ele teria Palmeiras e Fluminense como protagonistas.
O movimento nos bastidores do governador candango representa um esforço para evitar que o palco da abertura da Copa das Confederações vire um elefante branco, como se prevê. Atualmente, o futebol local conta com apenas um representante nas três primeiras divisões nacionais, o Brasiliense. A média de público de seu estadual é de somente R$ 1 mil torcedores.
A informação foi confirmada ao ESPN.com.br pelo vice-presidente da CBF na região Centro-Oeste, Weber Magalhães.
"É uma conversa que nasceu com o governador. Ele tem mantido contatos para a realização de um jogo anual entre os campeões da Série A (do Brasileiro) e da Copa do Brasil. Temos que insistir em tudo que é válido para tornar o estádio rentável", afirma Weber.
Nesta sexta-feira, foi divulgado pelo diário oficial do Distrito Federal uma homenagem de Agnelo Queiroz ao presidente da CBF, José Maria Marin. Além dele, também serão condecorados com uma medalha outro vice da entidade, Marco Polo del Nero, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o seu secretário-geral, Jérôme Valcke.
A popularidade do governante anda em baixa e ele tem a sua administração contestada pela população.
Essa não é a única ação costurada pelas autoridades para impulsionar o Mané Garrincha.
Além do jogo de maior renda da história do País, disputado entre Santos e Flamengo, no mês passado, com R$ 6,9 milhões de bilheteria, existe um trabalho interno para receber outras partidas do Brasileiro. O maior lobby foi feito em assembleia extraordinária da CBF, em abril.
"Vamos ter arena no Brasil inteiro. Não vai ser fácil. Tem concorrência", diz Weber Magalhães. "O (Roberto) Dinamite (presidente do Vasco) foi um dos que nos visitou aqui. Há uma possibilidade de trazer algumas de suas partidas. O Flamengo também", completa.
Procurado pela reportagem do ESPN.com.br, o diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio, desconversou ao ser perguntado sobre o assunto.
Fonte: ESPN