Depois de seis meses de intensas reuniões, de fornecedores a possíveis e prováveis novos patrocinadores, até viagens para Brasília em encontros com alto escalão da Procuradoria da Fazenda Nacional, a diretoria do Vasco está próxima de anunciar uma série de medidas que promete aliviar os vascaínos e revigorar as forças do clube. Até o fim do mês de junho, uma entrevista coletiva será marcada para que a diretoria contratada em janeiro possa exibir o resultado de um semestre de trabalho em São Januário. O acordo com a Fazenda Nacional será o carro-chefe do "pacotão" de boas notícias, que traz a tiracolo outras, como a obtenção das Certidões Negativas de Débito, o anúncio de novos patrocinadores e o desbloqueio de verbas retidas judicialmente.
A virada do mês, de junho para julho, marca também o prazo final para as promessas de soluções de problemas que o técnico Paulo Autuori recebeu quando aceitou dirigir o Vasco. Em entrevistas recentes, o treinador reforçou que "após o mês 6, se não acontecer o que foi combinado, ele seria o primeiro a chiar" - principalmente na questão de salários atrasados, que voltou a completar dois meses em junho. O diretor geral do Vasco, Cristiano Koehler, deixou claro que Autuori está por dentro de todas ações da diretoria.
- Estamos totalmente alinhados. Tanto Autuori quanto Ricardo Gomes, todos eles (do futebol), estão sabendo do nosso trabalho no dia a dia, do nosso esforço para buscar soluções. E eles são até parte da solução dos nossos problemas - lembra Cristiano Koehler.
Um exemplo foi a viagem de Cristiano com Ricardo para Portugal há duas semanas. Como um verdadeiro embaixador do Benfica, o então "apenas" diretor técnico vascaíno abriu portas para uma renegociação considerada fundamental pelo Vasco. Em parcelas semestrais, o clube carioca estendeu por mais um ano o pagamento da dívida por Eder Luis e Fellipe Bastos, comprados em 2011. Segundo orçamento de 2013, o Vasco teria a pagar somente pelo cabeça de área mais R$ 1,5 milhão ao Benfica.
Sobre a chegada de novos patrocinadores, o diretor geral do Vasco é cauteloso. Mostra confiança, mas não abre o jogo. Diz que "não há nada concreto com a Caixa Econômica Federal e a Nissan" e que o clube negocia com outros anunciantes também. Para tudo isso, o acordo com a Fazenda, que está também muito bem encaminhado, é fundamental.
- O acordo é chave para tudo. Para captarmos projetos de lei de incentivo a nível estadual e federal, para liberar receitas bloqueadas, para buscar patrocinadores, buscar financiamentos para outros esportes, uma série de coisas. Se tudo der certo, em breve, até o fim de junho, vamos mostrar todos resultados e passar todas as informações para os torcedores - diz o diretor geral do Vasco.
Fonte: GloboEsporte.com