Ricardo Gomes abriu a apresentação do zagueiro Rafael Vaz pouco depois das 13h30m, no horário combinado para o compromisso com a imprensa. Sem marcar presença em entrevista coletiva na sala de imprensa do clube há quase dois anos - a sua volta foi em cerimônia realizada no salão multimídia Chico Anysio -, o novo diretor executivo não se alongou muito. Em quatro frases curtas e objetivas, informou o tempo de contrato do jogador (três anos) e expressou sua confiança nas qualidades do novo zagueiro do Vasco, já passando a palavra ao jogador e aos jornalistas.
A passagem marca um pouco do estilo de Ricardo Gomes, que desde os tempos de jogador - e ainda como treinador - nunca foi de falar muito ou de conceder muitas entrevistas. O jeito do novo diretor executivo de futebol contrasta e muito com o seu antecessor René Simões. Em alguns momentos da coletiva, quando questionado sobre as negociações pelas chegadas de Montoya e Reginaldo, além da solução para ao caso de Fabio Lima, Ricardo apenas disse que todas situações estavam "bem encaminhadas".
- Com essa questão de vazar informações, nós vamos ter problemas, vocês me conhecem. (risos). Eu falo pouco. Quando estiver fechado, vou anunciar - disse, com bom humor, o diretor executivo de futebol do Vasco.
Apesar de se sentir à vontade na função - Ricardo, aliás, fez questão de dizer que não estudou para o cargo, diferentemente de René, que fez alguns cursos de gestão no futebol -, o novo dirigente do Vasco revelou que ainda deseja voltar a ser técnico. Mas não estabeleceu um prazo nem mostrou ansiedade com a retomada de sua antiga profissão.
- A minha recuperação completa pode levar ainda três ou quatro anos. E só vou voltar a ser treinador quando estiver totalmente recuperado. Fora isso, não. Tenho que falar para mim: "Zerei". Aí sim volto. É o que eu quero voltar a ser - disse o diretor de futebol.
Apesar de fora das quatro linhas, Ricardo deixou clara sua motivação em tornar o Vasco mais forte.
- Estava em Portugal quando o Roberto me ligou e começamos a falar dessa possibilidade. Ele me deixou bem à vontade, eu poderia recusar, mas não. Porque já fiz lá atrás, em 2006. Conheço um pouco do mercado e, diferente do René, não terei o lado mais executivo. Mas estou extremamente motivado para executar. Se ganhar um título ou atingir alguma coisa, vou ficar tão feliz como diretor técnico, como diretor executivo ou como treinador. Não importa a nomenclatura. O meu objetivo, o meu ideal, é o mesmo: montar um bom time para o Vasco para vencer.
Fonte: GloboEsporte.com