Lembra da Mary da Champ´s, que tentou entrar no futebol como empresária de atletas e dona de material esportivo? Pois bem, Mariceli Leandrini, a “Mary da Champ´s” foi presa nesta quinta-feira pela Polícia Civil de São Paulo acusada de ser uma das maiores golpistaS do Estado de São Paulo.
Mariceli Leandrini foi presa em sua casa, em um condomínio de luxo entre as cidades de Valinhos e Campinas e, segundo investigações do DEIC da Polícia de São Paulo, “Mary da Champ´s” é a chefe de uma quadrilha especializada em fraudar caixas eletrônicos e que já desviou mais de R$ 2 milhões em apenas um mês.
A dublê de empresária e estelionatária vinha sendo investigada de algum tempo pela Delegacia de Roubo a Banco e foi presa junto com um sobrinho, Rafael Coppini (foto abaixo), que também fazia parte da quadrilha de Mariceli Leandrini que, quando presa, tinha em sua residência mais de 2.000 cartões bancários clonados. Favorecida pela branda legislação, eles pagaram fiança e estão livres. Cada um pagou apenas R$ 5 mil para ficar livre. E vão responder em liberdade por tentativa de fraude.
Bandidagem pura
Na casa de Mary a polícia aprendeu quatro carros e cinco motos, onde segundo as investigações, existiam compartimentos para esconder os equipamentos eletrônicos. Eles eram instalados em caixas eletrônicos. É um equipamento eletrônico conhecido como "chupa-cabra", sofisticado e que grava os dados dos clientes, como número da conta e até mesmo a senha. A dupla instalava estes equipamentos nos terminais bancários, usando uniformes de empresas e manutenção.
Segundo o delegado Wagner Judice, o esquema deve ser bastante amplo e os bancos já têm enfrentado muitos problemas semelhantes. Segundo o delegado, apenas um banco já apreendeu 53 equipamentos em suas agências.
Champ´s começou com tudo e fracassou
Mariceli Leandrini era dona da empresa Champ´s, da região do ABC paulista, que começou fornecendo material esportivo para o Bragantino e depois chegou até mesmo a vestir o Vasco da Gama-RJ, em um contrato muito contestado pelos sócios do clube carioca. Também vestiu muitos clubes paulistas, como Guarani e Ponte Preta, de Campinas, São Caetano e Portuguesa. Pelo Brasil cedeu uniformes, entre outros, Vitória da Bahia, Náutico de Pernambuco, Avaí de Santa Catarina, Remo do Pará e Treze da Paraíba.
Ao mesmo tempo que fornecia material, Mariceli Leandrini tentou representar jogadores e chegou a montar um time de jogadores desempregados que fazia amistosos pelo Brasil. Sem conhecimento da área, perdeu dinheiro. Depois perdeu o controle financeiro de sua empresa de confecções, que chegou a terceirizar - produzir - para a marca LUPO.
A Champ´s começou a vestir vários clubes mas não teve capacidade de manter-se no mercado e começou a dar calotes na entraga de material em vários clubes, dos maiores aos menores.
Fonte: Futebol Interior