Em 1975, o centroavante Lenílson chegava para defender o time juvenil do Vasco, seu clube de coração. Artilheiro, camisa 9, ficou em São Januário por aproximadamente cinco anos, mas não conseguiu se profissionalizar por lá. Cerca de 30 anos depois, porém, viu o sonho de infância se realizar por meio do filho, André.
Profissionalmente, Lenílson defendeu clubes como Botafogo, Goiás, Goiatuba-GO, entre outros. Não chegou a fazer o sucesso do filho. Mas garante que foi ele quem lapidou André a ser um autêntico camisa 9.
– Claro que ver o André entrando em campo, com a camisa 9, que foi a que eu sempre usei, foi muito legal. É também a realização de um sonho. Joguei no juvenil do Vasco, usava até a 9 mesmo, mas não cheguei a ser profissional lá, no clube pelo qual sempre torci. Mas fui eu quem ensinou tudo para ele (risos) – lembrou Lenílson.
Entre as lembranças dos tempos de juvenil do Vasco, Lenílson lembra apenas de uma foto “meio amarelada” que tem guardada entre seus pertences. Ele diz que vai procurar o retrato para colocar em algum lugar de destaque.
Mas, brevemente, ele passará a ter uma outra lembrança importante do clube de coração. Logo após a estreia do filho, ele disse que entrou em contato exigindo a camisa que ele utilizou, com o número 9 às costas, contra o Bahia, sábado.
– Já falei com o André para guardar a camisa para mim. Esta primeira camisa dele, pelo Vasco, é minha. Estarei nos próximos dias no Rio e vou pegar com ele. Já cobrei – contou ele, que mora em Cabo Frio.
BATE-BOLA
Lenílson - Pai de André
André disse que você atuou na base do Vasco. Por que não conseguiu se profissionalizar no clube?
Aquela época era diferente. Hoje um jogador faz dois bons jogos e já acontece um monte de coisa. Joguei só no juvenil do Vasco, depois me profissionalizei fora. Fiquei no Vasco de 1975 até quase 1980.
E foi um sonho ver o filho estreando pelo Vasco?
Foi muito legal, realmente. Antigamente todo mundo só falava em jogar pelo Vasco e pelo Flamengo. O Vasco é um clube muito grande. Não é só por eu ser torcedor do clube, não.
Você ensinou muita coisa para ele, não é? Então ele tem mais é que dar a você esta camisa 9 da estreia mesmo...
Ele fala que pego muito no pé dele (risos). Mas já conversei com ele, vou ganhar a camisa 9 da estreia. Sempre procurei ajudá-lo, até porque também já fui centroavante.
Fonte: Lancenet
