Ainda falta um pouco mais de um ano para as próximas eleições do Vasco, mas, dada a quantidade de pré-candidatos, um assunto tem monopolizado as discussões entre sócios e torcedores comuns: a compra de votos. A suspeita, que tem gerado grande repercussão nas redes sociais, é de que os grupos têm financiado a adesão de novos sócios com o intuito de beneficiar-se no ato de votação. Após receber os pré-candidatos Fernando Horta, Léo Gonçalves e Jayme Lisboa, foi a vez do vice-presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, falar sobre o tema em entrevista ao Programa ‘Caldeirão Vascaíno’.
Roberto Monteiro, que também é ex-vereador do Rio de Janeiro e ex-presidente da Força Jovem, assim como os demais postulantes, negou os boatos:
- Da nossa parte houve uma mobilização para que as pessoas envolvidas na nossa chapa participassem e se integrassem ao processo. É importante que a eleição tenha votos, e assim nós fizemos. Mobilizamos, facilitamos para que as pessoas pudessem anuir ao Vasco, porque a dificuldade é muito grande. Parece que o Vasco não faz questão de receber os sócios, as pessoas que querem se associar, botar em dia. É uma dificuldade que não dá para entender. O clube precisando de receitas e tratando dessa forma as pessoas que querer pagar e contribuir.
Mobilização se confundir com compra de votos.
- Eu acho que há uma grande mobilização de todos que querem a mudança no clube, de ir, pedir a um amigo para comparecer, e ajustar a sua situação, o que é diferente de compra de voto. Compra de voto é na hora do voto. As pessoas estão querendo se associar para ajudar a definir a eleição do Vasco.
Problemas no Programa de Sócios do Vasco.
- Eu acho que isso é um descaso com o sócio. Essa pergunta deveria ser feita ao vice-presidente de Comunicação: Por que o programa até agora não saiu para facilitar que o sócio pudesse anuir, entrar pela internet? O Vasco é um time aberto, não pode ficar fechado como foi em um tempo atrás justamente para ter o controle do quadro social. Por que o Vasco fica tão fechado quando precisa de receita? Precisa continuar com a sua abertura, que foi um ponto muito positivo da primeira gestão Roberto Dinamite e depois mudou. É um programa de sócios que não anda, é um programa ridículo, que é feito para o Vasco continuar pequeno.
Boatos de que há grupos políticos financiando a adesão de novos sócios.
- Se um sócio deseja pagar para outro, é problema do sócio. O que eu posso falar é que da minha parte, isso não houve. Agora, obviamente, a gente tentou facilitar, ajudar as que pessoas que às vezes não tem tempo para ir ao clube. Vários grupos se organizaram nesse sentido, porque há alguns casos em que as pessoas querem ir ao clube, pagar ao clube, chega lá e você não é atendido. Fica parecendo que a pessoa foi enxotada do Vasco. E isso é ruim para a mobilização das pessoas que querem participar do processo eleitoral legitimamente.
Quanto aos demais grupos de oposição que tem apostado nessa estratégia.
- Não vejo problema nenhum. O próprio ex-presidente, Eurico Miranda, também se movimentou dessa forma, o Leonardo Gonçalves. Às vezes você está lá no seu grupo e muitas pessoas dizem “Eu quero pagar e não recebo o boleto, era debitado no cartão, não é mais” Uma bagunça. Você deveria até perguntar por que essa bagunça existe ao vice-presidente de Comunicação, porque ele é responsável por essa bagunça que lá está. Hoje as pessoas têm uma dificuldade, o programa de sócios não foi incrementado.
Crítica ao vice-presidente de Comunicação, Antônio Peralta.
- São cinco anos para fazer uma mudança, uma alteração; agora vai, agora vai e nunca vai. Esse é o problema. Essas pessoas que lá estão parece que querem apequenar o Vasco. As pessoas é que têm que se mobilizar, articular, de fora para dentro. Uma coisa importante, que traz receita para o clube. É complicado. Algo importante da gestão Roberto Dinamite, que foi a ampliação do quadro social, e chega o atual vice-presidente de Comunicação e ele apequena, parece que não quer que as coisas aconteçam, que o programa aconteça. Não quer que o Vasco vá para frente.
Grupo Identidade Vascaína ter filiado cerca de 1500 novos sócios.
- Eu não sei ao certo o número exato. Houve uma grande mobilização das pessoas que estão hoje na nossa chapa; um conversa com o outro, que leva o outro, que efetivamente quer ajudar algum ente próximo a se associar. Não vejo problema nenhum. Os números podem estar aproximados ou não, mas nem me preocupei com essa questão. Acho que o importante é fazer com que as pessoas que querem ajudar, contribuir com o clube, possam se associar.
Fonte: Ao Vasco Tudo