Basquete: Ídolo do Vasco, Hélio Rubens, técnico do Uberlândia, confessa antes de final: 'Ganhar do Flamengo tem um gostinho especial'

Quinta-feira, 30/05/2013 - 19:11

Se a vida de Hélio Rubens tivesse que ser definida em apenas uma palavra, essa seria “basquete”. Com 72 anos de idade e mais de 50 dedicados à carreira (como jogador e treinador), ele chega, sob o comando do Uberlândia, a mais uma final nacional. Na quinta edição do Novo Basquete Brasil (NBB), ele terá a dura missão de superar o Flamengo, equipe de melhor campanha na competição, em plena HSBC Arena, no Rio de Janeiro, no próximo sábado. Para ele, porém, isso não é nenhuma novidade. Ídolo e muito identificado com a torcida do Vasco, Hélio tem os atalhos para superar o Rubro-Negro. Ele confessa até que “ganhar do Flamengo tem um sabor especial”.

- Com certeza ganhar do Flamengo tem um gostinho especial, não só por conta da minha identificação com o Vasco, mas por se tratar de um grande clube, com uma massa de torcedores – revelou.

Hélio Rubens, no entanto, destaca que o adversário merece, e muito, respeito. Consciente de que terá a torcida, em grande maioria, contra sua equipe, ele contou ao ahe! que tem trabalhado com muita cautela a parte psicológica dos seus atletas, e garante que o Unitri/Universo estará pronto para ser campeão.

- Eu trabalhei muito tempo no Vasco e fiz grandes amigos. Tenho certeza que a torcida vascaína estará comigo. No entanto, conheço bem como é enfrentar o Flamengo e não é nada fácil. A partida desse sábado é um pouco diferente, pois não será como naquela época, quando eram clássicos, com dois times rivais em quadra e as arquibancadas divididas. Então, precisamos tomar cuidado. Estou trabalhando meu grupo sob todos os aspectos, sobretudo o psicológico – disse.

Acostumado a decisões, principalmente contra o Flamengo, Hélio Rubens garante que essa não será só mais uma. Ele espera retribuir o carinho recebido desde que chegou à cidade mineira, no início do ano, com a inédita conquista.

- Cada decisão tem um sabor especial, tem uma história. Essa final não será só mais uma. Desde a “nova era” do basquete brasileiro (criação do NBB, há cinco anos), é a primeira vez que um time de Minas vai à final (Hélio foi à final na temporada 2010/11 com o Franca). Quero muito dar aos torcedores de Uberlândia esse título inédito, e isso ficará marcado para mim – disse.

Com a decisão em jogo único, algo que Hélio condena, ele espera que sua equipe não perca o foco, e se mantenha motivada do início ao fim. Para ele, esse é o segredo do sucesso. Diz ainda que a defesa será fator preponderante para o título.

- Qualquer competição de basquete que é decidida em jogo único é um absurdo. Isso não é bom para o Flamengo, Uberlândia, Brasília, São José ou quem quer que seja. É ruim para todos, é ruim para o basquete, pois é uma modalidade que não se mede a superioridade de um time sobre outro em apenas um jogo. Na NBA, são sete. Na Europa, são cinco. Só aqui tem isso, uma pena. Então, já que é assim, temos que nos adaptar. Precisamos defender muito, como fizemos durante todo o campeonato. Não podemos perder a atenção um segundo sequer – completou.

Hélio Rubens comemora título pelo Vasco ao lado do filho Helinho


Fonte: Ahe Brasil