Diante das matérias veiculadas recentemente pela imprensa nacional relativas a suspeita de doping de jogadores de futebol de clubes cariocas, em especial o caso de Carlos Alberto, do Vasco, e Deco, do Fluminense, sendo que este último ainda não foi a julgamento, enquanto o primeiro já foi absolvido no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD/RJ), a Anfarmag (Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais), entidade que representa as farmácias de manipulação instaladas no país, esclareceu seu posicionamento e rigorosidade na produção de remédios, afirmando não poder ser colocada como vilã nos tribunais.
Esclarecimento na íntegra:
As farmácias magistrais, conhecidas como farmácias de manipulação, contam com uma regulamentação rigorosa e específica para o segmento de farmácias magistrais, que visa garantir a segurança, eficácia e qualidade do produto manipulado. São normas com critérios rígidos para a aquisição de cada matéria-prima (origem), a definição da infraestrutura dos laboratórios de manipulação e as condições das instalações em todas as etapas do processo de preparação até o produto final.
A regulamentação inclui uma série de procedimentos e exigências técnicas determinadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão ligado ao Ministério da Saúde, além de normas exigidas pelos demais órgãos que compõem o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). Ao mesmo tempo, essas farmácias passam por inspeções frequentes do órgão sanitário competente no âmbito municipal (Vigilância Sanitária do município) e do conselho de farmácia.
Neste sentido, as farmácias magistrais que seguem as exigências dos órgãos reguladores afastam a possibilidade de ocorrência de contaminação de substâncias oriundas de outras preparações. Sendo que cada produto manipulado deve seguir a fórmula identificada pelo médico responsável e/ou outros profissionais habilitados como nutricionistas e dentistas, por exemplo.
A limpeza no balcão onde os produtos são manipulados conta com uma lavagem técnica específica entre a manipulação de cada produto, dependendo das características das substâncias.
Por isso, diante das informações publicadas na imprensa, a entidade instaurou um procedimento administrativo com o objetivo de apurar e investigar o teor das afirmações. Além disso, a Anfarmag está em contato com as entidades esportivas envolvidas e os conselhos que regulamentam a profissão para colaborar no processo de esclarecimento do caso.
Fonte: Site Justiça Desportiva