Foi por pouco que o Vasco não arrumou um problema e tanto às vésperas da estreia no Campeonato Brasileiro. A diretoria do clube acertou a contratação do zagueiro Edson Borges e chegou a marcar a data para a realização dos exames médicos e a assinatura do contrato. Caso tivesse consumado a transferência, o Cruzmaltino teria tido prejuízo financeiro e ainda correria o risco de infringir regras da CBF e da Fifa.
Edson Borges era esperado na Colina quarta-feira, mas teve a viagem para o Rio de Janeiro abruptamente cancelada. O motivo, muito simples: somente depois de acertar com o zagueiro e seus representantes que o Vasco tomou conhecimento de que não poderia escalá-lo.
O jogador, de 28 anos, já atuou por dois clubes este ano, o Veranópolis, pelo qual disputou o Campeonato Gaúcho, e o União Barbarense, equipe que defendeu no começo do Paulistão. De acordo com o Regulamento de Transferências da Fifa, um jogador só pode atuar por dois times diferentes na mesma temporada ou passar por três clubes, contanto que não atue por um deles.
Caso não tivesse percebido o equívoco a tempo, o Vasco teria apenas duas opções: ou ficar com o jogador no elenco sem poder escalá-lo ou então colocá-lo para jogar e correr o risco de perder os pontos das partidas em que ele tivesse entrado em campo.
No Regulamento Geral de Competições da CBF, o artigo 49 é claro: “Um clube não poderá incluir em sua equipe um atleta que já tenha atuado por dois outros clubes, em quaisquer das séries do campeonato brasileiro, na mesma temporada, em consonância com determinação da FIFA”.
O episódio gerou certo constrangimento em São Januário, uma vez que a contratação era vista como certa na cúpula de futebol até a descoberta do problema envolvendo o jogador.
Com isso, o Vasco segue apenas com os zagueiros Luan, Renato Silva e Jomar para a disputa do Campeonato Brasileiro. Rafael Vaz, do Ceará, poderá ter a contratação concretizada ainda nesta sexta-feira, de acordo com o empresário do jogador, Reinaldo Pitta.
Fonte: Extra Online