Quem frequenta os julgamentos do TJD sabe que Rubens Lopes não costuma assistir às sessões do tribunal. Mas o presidente da Ferj resolveu abrir uma exceção ontem e se sentou bem ao lado da filha, Luciana Lopes, durante a análise do caso de Carlos Alberto.
A presença surpreendeu todos, ainda mais por causa das constantes insinuações de favorecimento à advogada por causa do parentesco com o homem mais forte do futebol carioca. Luciana, durante o julgamento, com lágrimas nos olhos, disse que também estava sendo julgada por ser filha de quem era. Em vários momentos, reclamou com o pai a falta de tempo para fazer a defesa de Carlos Alberto como gostaria.
Coincidência ou não, um dos abraços mais demorados do jogador depois da absolvição foi justamente em Rubens Lopes. No entanto, o dirigente garantiu não ter tido interferência no resultado do julgamento:
— Estou aqui para apoiar minha filha em um caso muito importante. Mas minha presença não tem interferência alguma no que vai acontecer aqui. Eu não tenho direito de fala, não interfiro na escolha dos auditores. Apenas assisto.
Independentemente disso, quem mais lucrou foi Carlos Alberto. O jogador, com a absolvição, já está liberado para voltar a jogar pelo Vasco. Mesmo que a procuradoria entre com recurso, o camisa 10 poderá acompanhar o andamento do caso nas instâncias superiores sem ser impedido de atuar.
Sábado, na estreia do Vasco no Brasileiro, contra a Portuguesa, ele dificilmente será escalado, já que ficou fora de treinos para cuidar da estratégia de defesa.
Com a vitória, o jogador poderá tratar de uma possível renovação de contrato, com término em julho. Porém, perguntado sobre o assunto, René Simões se esquivou e disse que ele ainda será avaliado por Paulo Autuori.
Fonte: Extra