Flagrado no exame antidoping após o clássico com o Fluminense, pela semifinal da Taça Guanabara, no dia 2 de março, Carlos Alberto será julgado nesta quarta-feira, a partir das 13h, pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD/RJ). Suspenso de forma preventiva por 30 dias, o camisa 10 do Vasco pode levar um gancho de até dois anos. O sentimento na Colina, entretanto, é de otimismo.
Pego com as substâncias hidroclorotiazida e carboxi-tamoxifeno (metabólico do tamoxifeno), proibidas pela Comissão de Controle de Doping da CBF por poderem mascarar possíveis dopings, em seu organismo, Carlos Alberto alegou que medicamentos de uma farmácia de manipulação haviam sido contaminados e tentou contraprova do exame, que também deu positivo.
A defesa do jogador será feita pela advogada Luciana Lopes, filha do presidente da Federação de Futebol do Rio (Ferj), Rubens Lopes. Ela, embora não queira adiantar sua estratégia, acredita na absolvição do jogador. Sentimento parecido tem tomado conta de São Januário. Entre os companheiros de Carlos Alberto, é unânime a inocência do craque no caso.
“A gente está torcendo muito por ele e espera que não haja punição. A justiça tem de ser feita para que o Carlos Alberto não seja suspenso e possa voltar a nos ajudar”, ressaltou o volante Fellipe Bastos, garantindo que no Vasco há instrução do departamento médico sobre substâncias proibidas.
“No início do ano recebemos uma lista com os remédios e tipos de suplementos que não devemos tomar. Carlos Alberto usava essa medicação havia muito tempo. Por isso acho que não foi culpa dele”, explicou.
No julgamento, está previsto um depoimento de Carlos Alberto para explicar o que aconteceu. Depois, a defesa revelou que testemunhas, ainda não identificadas, também vão falar. Do outro lado, responsáveis da farmácia que teria manipulado os medicamentos se defendem e alegam que Carlos Alberto mente. Se for punido, o atleta dificilmente terá o seu contrato, que termina em agosto, renovado com o Gigante da Colina.
Fonte: O Dia Online