A Assembleia Legislativa discute o importantíssimo projeto de mudar o nome da estação de metrô do Largo do Machado, que passaria a se chamar Fluminense, em homenagem ao time das Laranjeiras. E a discussão é grande.
A justificativa dos nobres é: Flamengo e Botafogo têm suas estações. Mas o motivo é óbvio, já que as estações ficam nos bairros que levam esses respectivos nomes, como lembrou o botafoguense Paulo Ramos (PDT). Autora do projeto, a tricolor Clarissa Garotinho (PR) lembra que São Paulo fez o mesmo com o Corinthians e o Santos.
O texto foi aprovado em primeira discussão e seus defensores pretendem votá-lo em segundo turno. Irônico, o flamenguista Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) disse que só chamar a estação de Fluminense soaria como uma homenagem à toda população do estado.
Pior é que o também tricolor André Corrêa (PSD), líder do governo, apresentou uma emenda ao projeto, retirando dele o trecho que se refere à Linha 1. Hoje, a estação Largo do Machado serve às linhas 1 e 2.
- Ridículo! Desculpa, essa é uma emenda imbecil que tem como objetivo tirar a matéria de pauta. Não consigo entender como alguém que se diz tricolor de coração faça isso. Ele me chamou no gabinete dele e disse: "Deputada, retire esse projeto de pauta senão vou derrubá-lo no plenário" - disparou Clarissa.
- Quem faz uma imbecilidade é um imbecil - disse Paulo Ramos, em tom de galhofa, tentando amenizar o ambiente, numa emenda pior do que o soneto.
Segundo a deputada, André Corrêa teria lhe dito que se tratavam de "ordens do governo".
- Sinceramente, a sua carteirinha do Fluminense deveria ser rasgada! - atacou a moça.
Em tempo: Roberto Dinamite (PMDB) quer mudar o nome da estação de São Cristóvão para Vasco da Gama, e Flávio Bolsonaro (PP) pretende ver a estação Afonso Pena, na Tijuca, chamada de América.
Fonte: Coluna Extra, Extra - Berenice Seara - Extra Online