O programa "Musas da Colina", do grupo Só dá Vasco, recebeu na última quinta-feira (16/05) o ator e humorista Eri Johnson. Vascaíno declarado, o artista falou um pouco sobre sua trajetória como torcedor e analisou o atual momento vivido pelo Gigante da Colina. Para Eri, o Vasco precisa do apoio de seu torcedor nesse momento de dificuldade.
Confira a transcrição da entrevista:
O que você poderia falar sobre sua trajetória como vascaíno?
"Eu fui nascido e criado em São Cristóvão do lado de São Januário então eu frequentava o Vasco e passei minha infância toda dentro do Vasco. Soltava pipa no Vasco, jogava futebol de salão, arco e flecha, botão, saltos ornamentais... O quintal da minha casa era o Vasco da Gama, que continua no meu coração. Hoje eu moro na Barra, mas eu não dispenso a minha infância em São Januário, naquele estádio maravilhoso, onde fiz grandes amigos, amigas. A melhor infância que eu poderia ter tido eu tive. Realmente o Vasco da Gama faz parte da minha vida, faz parte da minha família. Eu acho que eu sou Eri Johnson vascaíno, com o sobrenome vascaíno mesmo".
O que você está achando da fase atual do Vasco?
"É uma fase muito difícil. Para falar a verdade eu hoje estou com 52 anos e acho que essa é a fase mais difícil do Vasco. Mas eu continuo acreditando da mesma maneira que eu acreditei em todos os momentos bons do Vasco. Eu acho que o verdadeiro vascaíno tem que estar sempre acreditando. Eu acredito, eu confio. Eu acho que o Paulo Autuori é um profissional que não está ali para brincadeira e ele não está ali para arriscar. Ele está no Vasco, está confiante, e nós torcedores temos que no mínimo apoiá-lo. Acredito e confio naqueles que estão dispostos a nos representar com muita garra e muita determinação. O time que vai nos representar pode não ser o melhor time, o time ideal, mas eu acredito muito nessa rapaziada. Não podemos entrar numa de que “estamos sofrendo”, até porque não estamos. O Campeonato Brasileiro ainda não começou e só quando ele começar vamos poder falar alguma coisa. Está sendo um trabalho feito sem divulgação e sem badalação. Podemos nos surpreender depois".
Como você viu a saída do zagueiro Dedé?
"Foi muito importante para ele. Para o Dedé foi importantíssimo, pois estava difícil. Quando um profissional acaba recebendo muitas propostas ele acaba ficando dividido e eu acho que o Dedé já estava dividido. Foi uma perda muito grande para todos os vascaínos, mas nós não podemos ser egoístas. Nós temos que deixar as pessoas serem felizes. Torço para que o Dedé seja feliz lá no Cruzeiro e que tenha uma carreira brilhante. Nós agradecemos a participação do Dedé no Vasco, pois ela foi super importante. Nós temos vários jogadores importantes no Vasco e que merecem o nosso apoio, assim como apoiamos o Dedé, temos que apoiá-los também. Com o apoio dos torcedores o jogador se sente seguro e pode realizar um trabalho melhor. O sentimento não pode parar nunca!".
O que você achou da chegada do técnico Paulo Autuori?
"Achei brilhante. Foi uma agradável surpresa o Autuori assumir o Vasco numa situação tão delicada e menos favorecida. Eu achei muito bacana essa atitude dele. Isso me motivou, pois renovou as esperanças. Ele tem credibilidade. Se um profissional como o Paulo Autuori aceitou assumir o Vasco é porque ele acredita. Se ele acredita, quem sou para não acreditar?!".
O que você espera do Vascão nesse ano de 2013?
"Eu espero que o Vasco nos traga de volta a alegria , o prazer, a motivação e o orgulho. Não o Vasco, mas o time que nos representa nos campeonatos. Eu acho que nós somos vascaínos independente do time, porque o verdadeiro vascaíno não é só aquele que torce para o time, porque eu sou um cara que eu amo o Vasco. Eu falo de tudo do Vasco. Falo da piscina do Vasco, eu falo de São Januário, de todos os esportes do Vasco. Falo do Vasco da Gama todo. Eu não sou apenas um vascaíno do time do Vasco, eu sou vascaíno de verdade!".
Quais são seus ídolos no Vasco?
"São vários. Tem o Roberto Dinamite, o Edmundo, Romário. Nós tivemos tantos craques aí. Eu amava o Mauricinho, o Andrada também era incrível, o Moisés, o próprio Felipe quando era lateral-esquerdo. Assim que subiu, ele arrasou. O Denner passou rapidamente, mas também foi incrível para gente. E nós temos vários jogadores importantes. O Éder Luis também é um jogador importante e nós nunca podemos esquecer jamais do Juninho Pernambucano. Tem muita gente ainda aí, graças a Deus. O nosso Rei Roberto Carlos jamais seria vascaíno se não soubesse a importância que o Vasco tem para o Brasil e para o mundo.
Qual jogador do elenco atual você admira?
"Tenório. Agora acho que nós temos que esperar. Tem aí Thiaguinho, Robinho, Elsinho...Vamos esperar para ver esse time aí. Se a própria seleção brasileira não tem um time certo, o Vasco também não tem, então está tudo certo. Nós estamos junto com a seleção brasileira, mas não sabemos falar o time da seleção. O do Vasco agora a gente também não sabe, mas eu tenho certeza que o Paulo Autuori sabe".
Qual foi o jogo mais marcante para você?
"Todos que vencemos com facilidade do Flamengo marcaram minha vida. Aquele que o Edmundo fez três gols e saiu rebolando no Maracanã foi uma delícia".
Qual o recado você deixa para os torcedores rivais, Flamengo, Botafogo e Fluminense que esao ouvindo o programa?
"Quero mandar um beijo no coração deles, no coração de todo mundo. Peço que todos nós, que gostamos e que somos amantes do futebol, coloquemos na cabeça que guerra, agressividade e violência não pode. Vamos brincar, sacanear uns aos outros, mas com muita alegria, com muita inteligência, sem briga. Vamos tentar dar exemplo para o Brasil e para o mundo, vamos mostrar que aqui no Rio de Janeiro que nós todos torcedores sabemos torcer, apenas torcer. O Maracanã está completamente outro, mas continua sendo nosso só que o acesso agora para o gramado é facílimo. O apelo é para que todos nós torcedores, que amamos cada um os seus clubes, tenhamos a educação.Violência não!".