O Futebol Feminino do Vasco vem disputando nesse início de temporada a tradicional Taça Cidade de Nova Iguaçu. Apesar de ter perdido algumas jogadoras que participaram da última Copa do Brasil e dos títulos conquistados em 2012, o Gigante da Colina vem tendo um bom desempenho na competição. A prova maior disso é o time sub-17, que lidera o campeonato
Um dos responsáveis pelo momento atual desse esporte no Club de Regatas Vasco da Gama é o supervisor Mário Alexander. Ao lado de Alexandre Matias, que chegou recentemente ao clube por conta da parceria com o Team Chicago, o profissional vem liderando a reformulação do time adulto e buscando maneiras de fortalecer ainda mais o trabalho realizado na base.
Apesar dos muitos compromissos, o dirigente arrumou um tempo de sua agenda para conversar com o Blog e falar um pouco sobre o desempenho do Futebol Feminino. No bate-papo, Mário analisou a participação das três categorias na Taça Cidade de Nova Iguaçu, exaltou o trabalho desenvolvido nas categorias de base e informou qual é o planejamento do Vasco para a sequência da temporada.
Confira uma entrevista exclusiva com Mário Alexander, supervisor do futebol feminino:
Como está atualmente a situação da equipe adulta?
"A gente estava com um problema com as atletas da Marinha. Ficamos um tempo sem saber se elas treinariam com a gente. Agora está tudo voltando ao normal e a gente está compondo o time com algumas atletas que vieram da nossa aliança com o Team Chicago, que era comandado pelo Alexandre Matias, que agora está trabalhando com a gente como supervisor de futebol. Acredito que do meio para o final do campeonato nós iremos montar uma equipe mais forte e capaz de disputar o título da Taça Cidade de Nova Iguaçu. Não temos dúvidas disso".
E o que falar do time sub-17, que lidera a Taça Cidade de Nova Iguaçu?
"A Sub-17 tem um time que está mais estruturado e que possui uma base muito forte. O trabalho do Antony é espetacular. Ele passou a treinar essas meninas quando elas ainda eram do sub-15 e formou um time muito forte para a Copa Coca-Cola. Agora elas estão indo muito bem na categoria sub-17. Acredito que elas serão campeãs sem nenhuma dificuldade".
A categoria sub-15 entrou na Taça Cidade de Nova Iguaçu para adquirir experiência?
"O trabalho da sub-15 é um resquício do trabalho do Antony. Essa categoria está sob o comando do treinador Walfrido e disputa a Taça Cidade de Nova Iguaçu na categoria sub-17 com o nome de Lusitânia. Nosso objetivo é dar para essas meninas rodagem, pois o foco mesmo delas é na Copa Coca-Cola. Elas são mais novinhas. Temos alguns talentos no time. Acredito que temos quatro meninos de nível altíssimo São duas do ataque, uma no meio-campo e outra na zaga. São meninas sensacionais. Apesar de ter entrado para ganhar rodagem, as meninas tem se saído bem. Elas têm disputando bem as partidas, mas estão perdendo muito na força por conta da diferença de idade".
O Vasco perdeu algumas atletas para o Botafogo no início do ano, porém o time seguiu forte e na briga pelos títulos. Esse desempenho do time sub-17 evidencia a força do trabalho de base realizado por vocês?
"Hoje o único clube grande que possui a base formada com todas as categorias é o Vasco. Os dois times de camisa de camisa que disputaram a Copa do Brasil nesse ano foram o Vasco e o Sport. O Vasco é o único clube que possui um departamento completo de futebol feminino. Nós pensamos sempre em revelar atletas e por isso temos um trabalho integrado com a escolinha. Por conta da dificuldade financeira, as meninas foram para o Botafogo, mas o nosso nível não caiu. Isso prova que o trabalho está indo bem. Estamos sempre revelando atletas de qualidade. A fórmula do departamento está funcionando. O trabalho está sendo feito de forma correta e íntegra, que é uma coisa muito difícil de se encontrar no meio do futebol. O atleta joga hoje com você e amanhã está em outro clube, mas o clube fica. A essência e a força do clube não pode cair nunca. Esses resultados recentes provam que a sub-17 continua muito forte, assim como a adulta, que disputa a ponta da tabela".
O Vasco pretende contratar jogadoras de outros Estados para reforçar o time adulto?
"Nessa reformulação o ideal seria trazer atletas de fora e colocá-los para jogar ao lado de meninas da nossa base, mas isso esbarra no problema financeiro. Para você trazer uma atleta de outro Estado ou de outro país, primeiro você precisa dar as condições para ela ficar aqui, como alojamento e apartamento, coisa que hoje nós ainda não temos. É preciso também ter um atrativo, que é a remuneração delas. Precisamos de um patrocínio e até mesmo de um incentivo financeiro do clube, o que ainda não foi definido. As coisas estão caminhando, mas ainda não foi definido e por conta disso ainda não podemos trabalhar com nomes e na formação de um grupo ainda mais forte para o Campeonato Carioca".
Qual a programação do Vasco para a sequência da temporada? O clube vai poder jogar competições fora do país?
"A gente depende de um parceiro para disputar um torneio fora do país. Teremos o Campeonato Carioca e a primeira etapa da Copa Coca-Cola em agosto. Posteriormente vai ter o Campeonato Carioca sub-17 e no final do ano teremos a Copa Almirante. Nesse ano ela será realizada com o número maior de times".