José Henrique Coelho comenta momento do Vasco e faz críticas à administração de Roberto Dinamite

Quarta-feira, 15/05/2013 - 16:24

SempreVasco - Como começou sua paixão pelo Vasco? Desde quando o senhor se conhece como vascaíno?

José Henrique Coelho - A paixão nasceu por ouvir do tio do meu pai, Jaime da Cunha Cavacas, as narrativas do seu tempo, 1925, e as histórias sobre a construção do nosso estádio. Aquelas histórias sempre me encheram de orgulho.

Toda a minha família é vascaína, pai, mãe, irmão, tio e primas. Por toda esta herança acho que nasci vascaíno.

Hoje já passei esta paixão para as duas filhas.

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SempreVasco - Qual foi o primeiro jogo do Vasco que o senhor assistiu?

José Henrique Coelho - Não é de boa memória. Foi em 1968, final do Carioca no Maracanã.4 X 0 para o Botafogo.

Hoje entendo que eles tinham um grande time, quatro na seleção brasileira, mas foi horrível.

A saída do estádio foi parecida como o fim do meu mundo. Tinha neste dia 7 anos.

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SempreVasco - O senhor milita há anos no Vasco, sendo sempre uma figura atuante. O que o motivou a entrar para a política do Vasco e como foi esse começo?

José Henrique Coelho - O meu pai imigrou de Portugal para o Brasil em 1952. Faz parte de uma geração de portugueses que logo no primeiro dia tomavam conhecimento do Vasco e assumiam esta herança. Conheceu o Pres. Calçada nesta época. Sempre se falaram e por aí conheci alguns dirigentes.

Na faculdade conheci o José Roberto Gomes da Costa, na época o seu pai participava ativamente da política do clube vindo a serPresidente do Conselho Deliberativo. Com o convívio com este amigo vascaíno passamos a ser parceiros nas diversas idas aos jogos, em São Januário ou no Maraca. Por este convívio a conversa políticapassou a ser mais presente no meu cotidiano de torcedor. Ele por diversas vezes foi conselheiro eleito e me relatava alguns fatos das reuniões.

Meu pai sempre trabalhou com administração e montou o seu próprio negócio. Em 1983 me formei em economia, fiz três pós-graduações na área de negócios. Visitei empresas no Brasil e na Europae sempre gostei do tema administração comercial – hoje marketing.

Em 1997 enquanto meu amigo José Roberto defendia mais uma reeleição do Pres. Calçada, Amadeu, Eurico e Cia, eu discordava e apoiava o candidato Jorge Salgado, mas sem participar de nada, só fazendo boca a boca entre meus outros amigos. Para minha surpresa o Salgado perdeu!

Aí veio o divisor de águas: - o contrato com o Nations Bank. Como vascaíno ficara radiante diante de tamanha oportunidade para sermos oclube mais rico do Brasil e assim sermos campeões para sempre!

Como tinha a vantagem de estar perto de alguns administradores e ia aos jogos no clube comecei logo cedo a perceber o mau uso dos recursos do acordo.

Depois veio o fato determinante: - as diversas reclamações da falta de transparência nas contas daquele contrato, ao mesmo tempo em que tomava conhecimento de novas barbaridades e desvios de recursos. No ano 2000, o José Roberto estava numa reunião do Conselho Deliberativo para aprovação de contas do ano anterior enquanto eu estava em meu escritório trabalhando, quando ele me telefona e diz que o Eurico tinha ficado maluco! Eurico tentava desqualificar as críticas que recebera do conselheiro Hércules Figueiredo, membro do conselho fiscalatacando a sua pessoa. Nesta noite ele me disse: - Zé você tem que participar do movimento de oposição. Vou te levar na próxima reunião! E assim em meados daqueleano fui pela primeira vez a uma reunião do MUV.

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SempreVasco - Durante o período que trabalhou na gestão Roberto Dinamite, o senhor era um dirigente remunerado?

José Henrique Coelho - Não e nunca.

Sequer usei telefone ou radio do clube, usava o meu telefone pessoal.

Apenas duas pessoas tentaramme acusar de ter pedido salário: - Mandarino e Eurico.

O primeiro, no dia seguinte a minha renuncia ao cargo de V.P. do clube quando denunciei os desvios administrativos que já vinham se concretizando sob silêncio dos demais.

Foi o uso mais uma vez de conhecida tática de defesa onde o acusado não tendo como se explicar diante das denuncias, tentadesqualificar o denunciante. Uma piada.

O segundo pegou carona na fala de seu "irmão" e aproveitou para atacar quem o derrotara na eleição e o retirara do poder.

Nunca e ninguém me ouviu pedir salário no clube!

Como os dois que me acusaram se parecem, acredito ter ficado clara esta resposta.

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SempreVasco - Qual sua opinião sobre a camisa templária e a camisa azul?

José Henrique Coelho - Aqui cabe a analise de três aspectos:

O estatuto é extremamente claro quando ao assunto. Nenhuma das duas camisas poderiam ter sido desenvolvidas, o que uma decisão judicial este ano ratificou,quando o judiciário provocado por uma ação do Benemérito Marco Antônio Monteiro proibiu o clube de voltar a usá-la em jogos. Ou seja a diretoria do clube mais uma vez desrespeitava o próprio estatuto, regra maior da associação. De uma diretoria que não respeita o estatuto pode-se esperar qualquer coisa.

O futebol já alguns anos depende cada vez mais de clubes com recursos para investir nas divisões de base e em seu elenco profissional para buscar os títulos com maior frequência. A captação de recursos passa pelo estatuto dar as condições da realização de negócios e neste caso sou favorável à mudança da regra estatutária que proíbe inovações nos uniformes, permitindo o uso do que se chama de terceiro uniforme, que também deve ser regulado para não permitir exageros. Os uniformes tradicionais devem ser mantidos

Foi por estes motivos que quando negociei os uniformes para a temporada 2009 me ative ao estatuto e aqueles uniformes apresentados pela Champ’s foram concebidos dentro das regras estatutárias. Quanto ao aspecto "bonito" ou "feio" é uma discussão difícil, pois é individual. Aqueles uniformes foram aprovados pela diretoria, o branco por unanimidade e o preto com as riscas em diagonal por 7 X 3. Vale registrar que os pedidos registrados pela empresa apontaram como o desenho novo – o preto com várias diagonais –o que mais vendeu, pois trazia o aspecto de novidade e o torcedor jovem, o maior comprador de camisa quer isto. Por isto é necessário urgentemente se reformar o estatuto, ao menos neste item.

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SempreVasco - Porque a mudança em relação a atual política do clube? O quê o motivou a abandonar a situação e virar oposição? O José Henrique Coelho será candidato a presidente em 2014?

José Henrique Coelho - O motivo da minha entrada na política do clube, como já o fizera, no colégio como representante de turma, na faculdade como membro do Centro Acadêmico, na França quando estudei no Centro de Estudo em Paris e ainda na entidade sindical patronal, sempre foi à convicção de que sou capaz de reunir apoios, apresentar soluções, trazer inovações e mudanças para resolver problemas e avançar nos resultados. Na minha participação nas decisões da situação, sempre o fiz com o objetivo de fazer a comunidade avançar e não a busca pela vantagem pessoal, familiar ou da patota. Os benefícios pessoais eu busco na minha empresa.

Na mais longa campanha que o nosso clube já assistiu, de 2003 a 2008, apresentei um projeto de administração discutido por muito tempo e conhecido de todos em nome do MUV, como base da administração da chapa encabeçada pelo candidato Roberto Dinamite. Fiz questão de que ele assinasse o folder de campanha com todas as propostas para que não tivesse uma recaída – tipo as que vemos sempre de maus políticos, mas mesmo assim ele traiu as propostas.

Não aceitei a V.P. de Marketing por vaidade ou qualquer outra motivação, apenas porque domino o assunto. É o que mais conheço e ali ninguém iria prejudicar o Vasco em qualquer negociação comigo.

Quando nos reunimos após a vitória na eleição em casa do José Carlos Osório, a grande maioria dos presentes naquela reunião me indicou para V.P. de Futebol por minhas características de decisão e determinação. Ao contrário do esperado, eu recusei por não me considerar conhecedor o suficiente para aquela missão, não me considerar um especialista no assunto.

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SempreVasco - Como o senhor avalia a gestão de Roberto Dinamite em seus erros e acertos? Qual a maior qualidade e o maior defeito da administração do Roberto?

José Henrique Coelho - O tempo auxilia muito na percepção da história.

O pouco que se fez foi à abertura do clube ao processo político e o fim das perseguições àqueles que discordam das decisões da diretoria.

No mais nenhum avanço foi conseguido. O presidente e o grupo conheciam bem os problemas já diagnosticados do clube, dos quais destaco a grave crise administrativa e financeira, que sem a solução para tal deixará o clube ancorado na insolvência e na impossibilidade de remontar um time competitivo.

Este presidente foi eleito prometendo dar ao clube uma direção competente, credível e defender a transparência das contas e decisões. É um traidor de todos estes princípios. Tornou-se um presidente medíocre, sem liderança e até mesmo sem saber para onde ir.

Roberto foi mais um que se elegeu para tirar proveito próprio do cargo, indo além, alargando as benesses pagas pelo clube à família, amigos e cabos eleitorais.

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SempreVasco - Em algum momento, o senhor se arrependeu por ter apoiado e participado do grupo político que levou Roberto Dinamite a presidência do Vasco?

José Henrique Coelho - As condições em que encontrei o MUV e o cenário politico do clube eram muito complexas.

O MUV não possuía candidato do próprio grupo com capacidade eleitoral para 2003 e o presidente do movimento era um completo desastre, Sr. Agostinho Taveira.

Foi o próprio ex-presidente quem criou a situação para convidar o Roberto para ser um candidato com possibilidades após aquele grosseiro erro de expulsá-lo da tribuna.

Quando decidimos convidar o Roberto, o fizemos com o foco na eleição de um ídolo bem visto para só depois passarmos a nos preocupar com que controle utilizaria pelo fato do ídolo ser também um político medíocre.

O projeto de modernização da administração do clube para mim sempre foi um trabalho duro, mas simples, afinal já tomara parte quando funcionário na Brahma, do grupo de intervenção nas empresas compradas pela companhia. Naquelas experiências o ajuste operacional ocorria em 90 dias.

Em resposta a pergunta posso dizer que meu principal objetivo era a modernização do clube, onde a vitória alcançada sobre a administração Eurico Miranda era só um passo. Infelizmente a principal obra, a modernização da administração e a recuperação financeira do clube deixaram de ser realizada, pois o presidente traiu o projeto e escolheu seus objetivos pessoais.

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SempreVasco - No passado, as festas juninas no gramado de São Januário contavam com a presença de mais de 50 mil pessoas, inclusive, tivemos a presença do presidente Getúlio Vargas e todo seu ministério numa dessas oportunidades. Os bailes de carnaval também eram memoráveis. Porque essa tradição foi perdida ou porque isso parou de acontecer na sua concepção? Acredita que seja viável o Vasco voltar a realizar algo parecido?

José Henrique Coelho - Aqui a resposta também é complexa. Na pergunta relembram-se de eventos ou "entretenimentos" onde o clube era o local escolhido. Com as mudanças ocorridas no modo de vida das pessoas, com as tecnologias disponíveis, as condições de moradias em condomínios e a multiplicidade na oferta de vários "entretenimentos" a "concorrência" passou a exigir de quem oferta o serviço uma customização adequada, o que seguramente o clube não conseguiu por um lado entender até hoje e se adaptar. Como vantagem continuamos a ter a "fidelidade" dos torcedores, mas estes estão mais exigentes e possuem as opções, cabe a nós termos o produto certo para recuperar algumas atividades para o clube.

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SempreVasco - Um novo pensamento defende a profissionalização do clube. Isso significa que o clube deve contratar profissionais com experiência no ramo e remunerá-lo. Somente desta forma, seria possível cobrar resultados pelo trabalho apresentado. Essa teoria vai ao desencontro das mais tradicionais, que defendem dirigente amador, aquele que trabalha por amor ao clube, de forma completamente passional. Qual sua opinião sobre o assunto? Qual o modelo mais indicado?

José Henrique Coelho - Os clubes no passado só poderiam ser administrados por amadores, pois "naquele tempo" não haviam recursos além da bilheteria e da mensalidade dos sócios para sua manutenção. Naquela época os custos de manutenção das equipes do clube também eram infinitamente menores e assim bastava apenas um mecenas mais afortunado para resolver os problemas.

Quando iniciou-se o negócio com atletas, Vendas X Compras, iniciaram-se as suspeitas de comissões nos negócios, sempre sem transparência e sempre negado pelos dirigentes.

Com a transformação do futebol em um grande negócio mediático e comercial,onde os clubes passaram a receber atualmente no Brasilvalores anuais entre R$150 aR$300 milhões o estatuto anterior de "associações sem fins lucrativos" passou a ser completamente inadequado para acompanhar esta "evolução".

Esta regra jurídica, que não responsabiliza os dirigentes amadores ou profissionais pelas barbaridadescometidas durante a gestão, como não recolhimento de tributos, desrespeito às regras trabalhistas, rompimento de contratos e desvios de recursos do clube em benefício próprio, como ocorre hoje no Vasco,exige que a própria associação se levante e reforme verdadeiramente seus estatutos para corrigir a regra legal enquanto queos diversos governos preferem não tocar nesta legislação em razão dos riscos e interesses eleitorais. Está é a principal questão.

A profissionalizaçãonão resolve por definição nada, pois maus profissionais também darão os mesmos maus resultados de dirigentes ruins ou mal intencionados. Incompetênciaou paixão não são as melhores características para se administrar um clube como o Vasco. Formação, competência e perfil devem ser s principais características a serem buscadas nos dirigentes, sendo obrigatório um passado "ficha limpa".

O aspecto político que envolve o ritual eleitoral, exige que o quadro social faça as suas opções diante das candidaturas e por assim dizer em que promessas "votar/apostar". Decidido o vencedor e suas propostas, a administração deveria ser profissionalizada contratando-se ou desenvolvendo-se os profissionais da casa, deixando para o Conselho as funções de acompanhamento das políticas a serem implementadas.

Em razão da complexidade do negócio futebol, que envolve diversascategorias profissionais no clube e a carga emocional que envolve muitas decisões, a profissionalização deve ser interpretada como uma necessidade de se encontrar especialistas nestas questões para buscar também os melhores resultados administrativos, financeiros e comerciais que irão sustentar orçamentos que permitirão maiores investimentos naquilo que é a alma de um clube de futebol ou até mesmo um clube poliesportivo.

Acredito que o papel do torcedor deveria leva-lo a ser sócio e assim participar, sugerir, criticar, fiscalizar a administração e decidiro rumo do clube.Participar de um Plano estratégico para o clube.

É nisto que acredito.

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SempreVasco - O Vasco é um clube extremamente ligado as suas raízes e tradições. O vascaíno de forma geral também não é adepto a mudanças radicais como pudemos observas nas enquetes feitas na internet quando o senhor tentou implantar os uniformes fabricados pela Champ’s. O que o senhor acha disso?

José Henrique Coelho - Sempre e em todas as épocas existem reações a favor e contra as atualizações dos desenhos das camisas oficiais.

Por outro lado soma-se a isto a preferência e o gosto pessoal.

Havia uma necessidade de se adotar imediatamenteuma postura comercial mais agressivade mercado para buscar maiores recursos. (Estas mudanças inicias abriram as portas para a criação posterior do sucesso de vendas da camisa "templária" ainda que a revelia do estatuto como já comentado anteriormente).

O grupo consumidor mais importante nesta avaliação é sempre os maior consumidor, o público jovem é quem mais compra camisas de clubes, onde a reação não foi à mesma dos mais velhos.

Na época qualquer desenho que fosse apresentado pela minha gestão seria questionado naturalmente pelos motivos expostos acima e também por reação política do grupo que fora afastado do poder no clube, que até outdoors contratou para atacar as atualizações.

Quanto aos uniformes do clube e em qualquer clube existem algumas regras básicas:

Respeitando-se sempre as regras do estatuto, o objetivo hoje da atualização dos desenhos é comercial.

Mudar a cada competição para influenciar os torcedores a comprarem mais e mais camisas, melhorando os resultados comerciais do clube.

Quanto mais diferentes forem os uniformes 1 e 2, maiores vendas eles terão.

(No caso do Vasco, da Ponte Preta e outros que apenas alternam as cores sem mudar os desenhos, os resultados são menores, dando como contrapartida piores contratos com as empresas de material esportivo.)

O clube em analise mais simples recebe apenas uma comissão da venda daquele negócio. Vendeu mais ganha mais. Por este motivo o nosso uniforme preto recebeu a maior modificação que o estatuto permitia – incluíram-se várias diagonais brancas. Os resultados das vendas logo justificaram a medida – ele foi o mais encomendado na época. Passamos de um contrato com a Reebok de R$120 mil por mês para R$565 mil por mês.).

Se o clube tiver ainda um terceiro uniforme, este proporcionará um melhor resultado comercial baseado nas premissas anteriores e é por isto que os uniformes 3 em todo mundo são bastante diferentes em cores e até desenhos. Os torcedores tradicionais são os mais velhos, que não são o público alvo das vendas. (Os principais "cases" do mercado brasileiro são as camisas "laranjas" do Fluminense, as "roxas" do Corinthians e as "marca-texto" do Palmeiras, que contra a tradição "arrebentaram de vender"!).

Todos os uniformes a venda precisam ser utilizados pela equipe esportiva, pois caso contráriovendem menos (exceção ao caso do Fluminense que mesmo sem ser utilizado em jogos foi recordista de vendas).

(Por isto a Penalty colocou em contrato a exigência do uso dos uniformes novos – ou seja, o time tinha que jogar com eles para venderem nas lojas.).

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SempreVasco - Devido aos maus resultados no futebol e a contestada gestão Roberto Dinamite, diversos nomes surgem como candidatos para as eleições de 2014. Comente sobre esses nomes.

José Henrique Coelho - Vou adiar meus comentários em razão de todo o esforço que sou favorável na construção de uma Frente Ampla de Oposição. Neste momento todos os vascaínos devem se unir contra o mal maior que esta sendo produzido pela medíocre administração Roberto Dinamite que não tem mais qualquer capacidade de defender os interesses do clube em qualquer fórum: Federação, CBF, Comitê Olímpico e etc...

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SempreVasco - Há esse pensamento no clube que defende que todas as oposições deveriam se unir para derrotar a chapa do presidente Roberto Dinamite. Até que ponto o senhor acredita ser válida essa união de diversos grupos de oposição para ganhar uma eleição no clube?

José Henrique Coelho - O ponto de dialogo deve ser sempre baseado em propostas estratégicas e os seus planos de ação

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SempreVasco - Interesses alheios ao Vasco dão conta que o clube possa perder a histórica sede do Calabouço e que esse risco é iminente. Como o senhor está vendo este descalabro com um patrimônio histórico do Vasco?

José Henrique Coelho - Infelizmente este risco existe por conta de uma união da corrupção empresarial eda fraqueza do presidente do clube diante dos interesses na Marina da Glória, envolvendo ainda governo federal, estadual e municipal.

Neste momento sequer a participação no processo que se movimenta na justiça sobre esta área o clube esta representado. Assim além de rezar é importante trazer este risco ao debate para tentar impedir que a retomada da área seja efetuada por descumprimento do clube das regras que nos concederam a área no contrato de cessão.

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SempreVasco - Se fosse possível juntar no tempo todos os jogadores do Vasco que o senhor viu, qual seria o time ideal?

José Henrique Coelho - Esta é a pergunta mais difícil. Aqui é preciso dizer que a idade interfere, pois sou de 1960.

Sempre fui fã nº1 do Andrada, para mim o melhor goleiro que vi jogar.

Para todas as demais posições a memória vai vacilar e as comparações são dificílimas.

Adorava o Orlando Lélé e o Paulo Roberto.

No meio da zaga vou escalar: Brito, Mauro Galvão, Moisés e Torres.

Na esquerda o maior de todos: - Felipe.

No meio, Zé Mario, Pires, Geovani, Dirceu, Juninho Pernambucano, Zanata, Guina.

No ataque, Roberto, Romário, Ramon (da época do Orlando Fantoni).

Técnico – Orlando Fantoni

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SempreVasco - O Vasco em uma palavra.

José Henrique Coelho - Determinação

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José Henrique Coelho - Você torcedor pode fazer muito pelo clube, mas também seja sócio.

Mesmo sendo sócio, por ter sido expulso e suspenso do quadro social várias vezes nos períodos eleitorais nunca fui conselheiro, mas não precisei disto para liderar o início de uma mudança no clube em 2008 que ainda não acabou.

O Vasco precisa de nossa participação. Faça ouvir a sua voz para Sermos Campeões.

Agradeço pelo convite para responder as perguntas deste espaço de debate vascaíno

Ao Vasco Tudo!

Fonte: Sempre Vasco