Vasco foi sede da 11ª Semana de Museus nesta terça-feira

A Sala Multimídia Chico Anysio foi palco, na noite desta terça-feira (14/05), de mais um evento histórico – literalmente – para o Gigante da Colina. O Vasco foi uma das sedes da 11ª Semana dos Museus, evento realizado entre os dias 13 e 19 deste mês, organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM).



Em 2013, as atividades realizadas em todo Brasil tem como mote a mudança social gerada pelo uso criativo dos espaços museológicos, ideário sintetizado no slogan “Museus (memória + criatividade) = mudança social”.

O Vice-Presidente de Relações Especializadas João Ernesto da Costa Ferreira resumiu os motivos que levaram o IBRAM a incluir o Centro de Memória Vasco da Gama dentro da proposta do evento.

- Nosso clube se enquadra perfeitamente na proposta do IBRAM, porque usa da criatividade para conservar a vasta memória desta instituição. Além disso, no passado, fomos muito criativos para resistir aos obstáculos colocados após nossa subida à elite do futebol, em 1923, materializando isto na Resposta Histórica de 1924 e na construção de São Januário em 1927 – observou João Ernesto, destacando a mudança social promovida pelo Gigante da Colina nas primeiras décadas do futebol carioca.

Coordenador do projeto do Centro de Memória Vasco da Gama, o historiador Ricardo Pinto dos Santos forneceu dados que confirmaram os êxitos da iniciativa, cuja retomada se deu entre o fim de 2009 e o começo de 2010: de lá pra cá foram digitalizadas mais de 6000 fotos e 16000 documentos, o que coloca o Cruz-maltino como o clube dono do maior material digitalizado do mundo. Este material serve de base para pesquisas acadêmicas, de monografias a teses de doutorado, além de apoio para reportagens, documentários, dentre outros fins variados.

Tatiana Mello de Oliveira, museóloga, falou das novidades e permanências do Centro de Memória vascaíno.

- Cuidamos da parte de gerenciamento, pesquisa, conservação e condicionamento do acervo histórico do Vasco. Sem esquecer das prerrogativas básicas da nova museologia, focada nas novas plataformas digitais e na necessidade de atingir um número cada vez maior de pessoas – frisou Tatiana.

O palestrante convidado para o evento, como não poderia deixar de ser,leva a Cruz de Malta no peito: Felipe Sousa e Silva, cientista social morador da Barreira do Vasco, apresentou o tema “Museus, Turismo e Mobilidade Urbana: por uma reflexão acerca das potencialidades do Bairro Imperial de São Cristóvão e seus bairros vizinhos”.

- São Cristóvão é uma zona central do Rio de Janeiro, por onde passam a Avenida Brasil, Linhas Amarela e Vermelha, entre outras grandes vias de acesso. O bairro possui uma logística privilegiada, e o Vasco, como grande clube que é, precisa assumir maior protagonismo nas relações com o entorno – sugeriu Felipe.

Ao final, os presentes entoaram o tradicional Casaca, após mais uma celebração da história do Gigante da Colina e da necessidade de dar maior peso ao tratamento desta temática.