A eleição do Vasco acontece apenas no segundo semestre de 2014, mas a disputa já toma conta dos bastidores desde o cadastro de pelo menos três mil sócios aptos a votar em mobilização da oposição. E mais um fato ligado ao processo eleitoral ocorreu na última semana. Líderes de uma corrente oposicionista se reuniram com o diretor geral do clube, Cristiano Koehler, e cobraram mudanças emergenciais na administração do presidente Roberto Dinamite.
A iniciativa partiu da Cruzada Vascaína, liderada por Leonardo Gonçalves, que entregou uma carta com seis pedidos de alterações na condução do clube ao CEO vascaíno. Cinco conselheiros eleitos pela chapa compareceram ao encontro para externar ao executivo as definições após uma reunião aberta com participação de mais de 120 cruzmaltinos ligados à oposição no mês de abril.
Entre as exigências colocadas em pauta estão o nepotismo alegado pela oposição. A corrente quer a demissão dos parentes ligados ao presidente Roberto Dinamite e o mapeamento dos responsáveis por cada quadro, pois considera inviável o Vasco contar com mais de 600 funcionários.
A oposição também cobra a abertura imediata do plano de sócios para captar receitas, assim como a apresentação da lista dos cadastrados aptos a votar na eleição de 2014. Os adversários de Roberto Dinamite ainda desejam providências para a manutenção da sede do Calabouço e a apresentação do plano emergencial de 90 dias com o que foi realizado pela diretoria desde a chegada do executivo Cristiano Koehler.
“É consenso entre os vascaínos que alguma coisa precisa ser feita de imediato. Não podemos esperar o próximo presidente assumir em 2014 para tomarmos medidas urgentes. Como o Roberto Dinamite delegou ao Cristiano Koehler o papel de presidente do clube, o procuramos e nos colocamos à disposição para ajudá-lo em qualquer ação a favor do Vasco. Entregamos uma lista de medidas para a diretoria estudar e colocar em prática o mais rápido possível”, afirmou Leonardo Gonçalves.
Até o último dia 30 de abril, quatro correntes políticas asseguraram aproximadamente três mil novos sócios contrários ao presidente Roberto Dinamite e com direito ao voto no pleito de 2014. Estima-se que o grupo Casaca, ligado ao ex-presidente Eurico Miranda, seja responsável por mil associados, mesmo número da corrente Identidade Vasco, de Roberto Monteiro. A Cruzada Vascaína, presidida por Leonardo Gonçalves, trabalha com 700 sócios, enquanto Fernando Horta, presidente da escola de samba Unidos da Tijuca, é seguido por cerca de 200 membros.
Fonte: UOL