“A Mangueira não morreu nem morrerá / Isso não acontecerá/ Tem seu nome na história / Mangueira tu és um cenário coberto de glória”. Os versos de Aluisio da Costa e Enéas Brites embalam há muitos anos o aquecimento da bateria da Estação Primeira de Mangueira, uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro.
Neste 11 de maio, a citação à Mangueira poderia, sem prejuízo de sentido, dar lugar a Jamelão. O cantor, intérprete dos sambas-enredo da Verde e Rosa entre 1949 e 2006, completaria 100 anos hoje. Mesmo não estando mais entre nós, Jamelão não morreu nem morrerá, e seu nome já está gravado para sempre na história.
Nascido José Bispo Clementino dos Santos, em 1913, Jamelão jamais escondeu de ninguém sua paixão pelo Vasco.
- Gosto de futebol e sou vascaíno, ninguém nunca vai me mudar. Eu vi construir esse estádio! – resumiu, em entrevista realizada no ano 2000, pela TV Brasil, em São Januário.
A sambista vascaína Teresa Cristina, fã de Jamelão, falou sobre o centenário do sambista em entrevista ao Portal EBC.
- Jamelão sempre cantou tudo o que quis, foi o maior intérprete das músicas de Lupicínio Rodrigues. Ele era dono de uma voz incomum, o maior cantor de sambas-enredo – comentou.
Em 14 de junho de 2008, Jamelão foi enterrado no Cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro. Sobre seu caixão, a bandeira da Mangueira e a bandeira do Vasco dividiram espaço, tal qual no coração do sambista.