Em sua entrevista de despedida do Vasco rumo ao Cruzeiro, Dedé passou o bastão para Luan. Enaltecendo as qualidades do jovem, disse entender que ele merece muitas oportunidades na equipe e tem a confiança de que fará sucesso. O zagueiro, que completou 20 anos na última sexta-feira, ganhou, assim, uma injeção de confiança no início de carreira. Mas ao mesmo tempo sabe que as palavras de ídolo também estão carregadas de responsabilidade.
Luan, entretanto, prefere transformar essa responsabilidade em motivação. Embora tenha a consciência de que a partir de agora vai sofrer com comparações e cobranças, entende que precisa aproveitar esse momento para se firmar no Vasco. Ele, Renato Silva e Jomar são os únicos zagueiros do atual elenco, enquanto a diretoria busca reforços, o que deve dar a ele uma sequência de partidas na reta inicial do Brasileirão.
- A pressão sempre existe, principalmente pela grandeza da camisa do Vasco e pelo jogador que ele é. O Dedé é uma pessoa espetacular e pode voltar ao clube um dia. Mas o que ele tinha que fazer pelo Vasco, já fez. É sempre difícil suprir essa ausência, mas a era Dedé acabou, e agora é o momento de outras pessoas ocuparem esse lugar com suas oportunidades. Espero aproveitar a minha da melhor maneira possível - disse.
Mesmo ainda em início de carreira, Luan sabe bem o que é sofrer cobranças. Em janeiro, foi o capitão da seleção brasileira sub-20 que foi eliminada ainda na primeira fase do Sul-Americano. O resultado, inclusive, desencadeou mudanças no comando das seleções de base. O zagueiro lamenta, mas prefere encarar o episódio de uma maneira positiva.
- Fiquei chateado com o que aconteceu, porque estava representando um país que ama o futebol. Mas claro que isso serviu como um aprendizado neste início de carreira. É uma lição que vou levar para sempre, mas acho que aproveitei a minha chance para mostrar o jogador e o homem que sou. Sei lidar bem com as cobranças, sou bem tranquilo quanto a isso.
O amistoso contra o Tupi, neste sábado, será apenas o sétimo jogo de Luan como profissional do Vasco, sendo que o quarto como titular. Ele, portanto, encara o compromisso em Juiz de Fora como mais um grande passo em seu caminho em busca da afirmação em São Januário.
- Costumo dizer que disputo cada jogo como se fosse o último da minha vida. Com tranquilidade e pés no chão, confio que tudo vai dar certo - afirmou.
Fonte: GloboEsporte.com
