A briga de alguns clubes, dentre eles o Vasco, com o São Paulo está agitando os bastidores das categorias de base do futebol brasileiro. Muitas equipes estão acusando o Tricolor de aliciamento de atletas, algo que segundo o código de ética firmado em reuniões na CBF é proibido.
Recentemente, o diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Baptista, e o diretor-executivo do Vasco, René Simões, trocaram acusações via imprensa. Tudo começou após o dirigente do clube paulista dizer que o cruzmaltino possuía um Centro de Treinamento impróprio para um trabalho de base. O presidente tricolor, Juvenal Juvêncio foi outro a falar mal das condições oferecidas pelo Gigante da Colina. Como resposta, Simões convidou ambos para visitarem o CT de Itaguaí, que foi avaliado recentemente pelo Ministério Público e aprovado.
Além de René, outro dirigente vascaíno se posicionou sobre o tema. Em entrevista ao programa "Só dá Base" na última quarta-feira (08/05), Manoel Pereira, diretor não-remunerado das categorias de base, afirmou que o Vasco da Gama abrirá mão de participar das competições de base que o São Paulo estiver presente:
- Infelizmente houve um caso conosco do Foguete. O que aconteceu com o São Paulo é o mesmo que aconteceu com o Atlético Paranaense em relação ao Mosquito. Existe uma ética e quando ela é quebrada os clubes exigem que os atletas que foram levados, como foram esses dois, sejam afastados de todas as competições. Não vamos obrigar ninguém a não chamar o São Paulo, apenas deixamos claro que o Vasco hoje não participa de competições que esse clube estiver. É um direito nosso. Não temos nada contra o São Paulo e nem contra ninguém, mas nós não trabalhamos dessa maneira. Hoje eu não aceito atleta que venha sem a carta de liberação do clube. Não é justo o clube formar o atleta e o outro levar. Nós temos hoje atletas que começam no futsal e depois passaram para campo. É muito tempo de clube. Aí quando o atleta 16 anos e pode assinar contrato profissional vem outro clube e leva porque a lei não nos dá o respaldo que a gente precisa. Já que não dá o respaldo ainda, utilizamos a ética. Da parte do Vasco pode ter certeza que nós vamos cumpri-la. Com o Mosquito houve um acordo com o Atlético Paranaense e ele voltou a jogar. Nessa história toda o maior prejudicado é o atleta - afirmou o diretor ao programa "Só dá Base".
A união dos clubes parece ter surtido efeito. De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, o Tricolor paulista desistiu de participar da Copa BH, competição que será realizado entre julho e agosto. Equipes como Vasco, Fluminense, Botafogo, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Vitória e Bahia lideram o movimento de boicote ao São Paulo.
Com informações do Programa "Só dá Base/ Só Dá Vasco".
Fonte: Blog do Carlos Gregório Jr - Supervasco