Confira entrevista com Mario Reigota, um dos gerentes da base do Vasco

Sábado, 11/05/2013 - 06:32

O programa "Só dá Base", do grupo "Só dá Vasco", recebeu na última quarta-feira (08/05) João Mário Reigota, que atualmente é Gerente da Área Técnica das categorias de base do Club de Regatas Vasco da Gama. Durante sua participação, o profissional falou sobre sua trajetória no futebol e revelou para os ouvintes detalhes da descoberta de um dos maiores jogadores da história do Gigante da Colina, o ex-atacante Edmundo.

Reigota também fez uma breve avaliação do desempenho do futebol amador cruzmaltino em 2013 e explicou qual é a sua função dentro do organograma administrativo da base vascaína. A relação com o diretor-executivo Mauro Galvão e com o diretor não-remunerado Manoel Pereira também foi pauta da conversa, que terminou com o mesmo deixando uma mensagem para a torcida vascaína.

Confira a transcrição da entrevista:

Como foi sua trajetória no futebol até agora?

"Eu fui jogador de futebol até os 25 anos. Passei pelo São Cristóvão, pelo América, pelo América de Três Rios, mas bem precocemente eu percebi que meu horizonte no futebol como atleta era curto. Por isso eu ingressei na faculdade e me formei na Universidade Gama Filho. A partir daí eu iniciei minha trajetória fora das quatro linhas. Comecei fazendo assessoria técnica para alguns empresários e trabalhei gerenciando a parte técnica do Campo Grande, que tinha um projeto voltado para o exterior. Trabalhei lá por mais de dez anos. Foi quando sai para trabalhar no Vasco da Gama".

O senhor foi de uma certa forma responsável pelo acerto do Edmundo com o Vasco. Conta um pouco sobre essa história.

"Eu conheci o Edmundo quando ele estava saindo do Botafogo. Isso no ano de 1989 ou 1990. Foi quando ele foi dispensado no Botafogo. Eu conheci a nível de amizade, pois eu não fazia o que eu faço hoje e não tinha nenhum pretensão de fazer o que eu faço hoje. Mas eu o conhecia e o aproximei de certas pessoas, que terminaram o levando para o Vasco. Hoje nós temos um relacionamento de amizade, pois trabalhamos juntos por muito tempo. Eu acompanhei ele na Itália quando ele atuou pela Fiorentina. A gente tinha um relacionamento de amizade muito intenso. Foi assim que tudo aconteceu. Na realidade eu não tinha a mínima pretensão de mexer com isso, de trabalhar com isso naquele momento, mas a coisa terminou acontecendo. Eu tenho muito orgulho de ser um vascaíno, algo que sou, que participou da história desse atleta dentro do Club de Regatas Vasco da Gama. Acho que é uma honra muito grande para qualquer um ter participado do processo que levou o Edmundo a ser tornar o ídolo que ele se tornou. É um orgulho para mim muito grande como vascaíno ter dado essa contribuição para o clube".

E qual o momento do Edmundo no Vasco que senhor não esquece?

"Aqueles 4 a 1 no Flamengo foram inesquecíveis. São momentos que a gente trabalha firmemente para trazer de volta para a torcida vascaína. Os tempos de vitórias e de conquistam precisam voltar. Infelizmente a gente está passando por um momento difícil no clube, mas tenho certeza absoluta que vamos recuperar essa alegria e essa potência que é o Club de Regatas Vasco da Gama. Vamos fazer de tudo para construir um nova história vencedora para o clube".

O que faz um Gerente da Área Técnica das categorias de base? Como funciona o sistema de administração da base vascaína?

"A minha função dentro do organograma das categorias de base do Vasco é a gerência da área técnica. Tudo relacionado a área técnica é supervisionado por mim. Na realidade nós temos o nosso diretor-executivo, que é o nosso grande zagueiro Mauro Galvão, temos o senhor Manoel Pereira, que é o diretor não-remunerado e que está ligado a parte político do clube, temos o Vitor, que é o gerente de logística, e o Alexandre Gripp, que é o gerente administrativo. A minha parte é a parte de gerência técnica das categorias de base do Club de Regatas Vasco da Gama. Tudo relacionado a parte técnica está sob minha supervisão".

O que senhor poderia falar da sua relação com o Mauro Galvão e o senhor Manoel Pereira?

"Existe uma integração muito grande entre todos os membros da direção das categorias de base, assim como existe uma integração muito grande em relação ao departamento de futebol profissional na pessoa do professor René Simões. Nosso trabalho é em conjunto. Como já expliquei acima, o Mauro faz a direção executiva e cuida de todas as questões ligadas ao contato com outros clubes. O seu Manoel faz o contato com a parte política, com a vice-presidência, como o Doutor Antônio Peralta e o presidente Roberto Dinamite. A minha parte é mais na questão técnica. Todas as questões ligadas a parte técnica, aos treinadores, as comissões técnicas e as políticas de treinamento, estão ligadas a minha função dentro das categorias de base. Temos uma integração muito boa e um relação muito boa com todo mundo que estava ali dentro. Hoje em dia a gente tem essa integração desses vários setores em que está fracionada as categorias de base do Club de Regatas Vasco da Gama".

Como o senhor avalia o desempenho das categorias da base vascaína no atual ano?

"Eu acho que o trabalho que vem sendo implementado nas categorias de base está no caminho certo. Se eu falar que estou satisfeito com os resultados obtidos até agora seria mentira. A gente acredita e a gente acha que o Vasco tem que estar num patamar muito superior ao que se encontra hoje. Nós temos muito trabalho a fazer e temos muito em que melhorar. É realidade que o Vasco deu um salto gigantesco com a ida para Itaguaí. Hoje nós temos estrutura física para desenvolver um trabalho de alta qualidade. Isso foi nos proporcionado pelo presidente e pelo vice-presidente Antônio Peralta, os grandes responsáveis por nossa ida para lá. Esse é um ponto determinante para que a gente possar ter condições de executar um trabalho condizente com as tradições do clube. Há muito tempo o Vasco não vem revelando como em tempos passados. Nosso objetivo é estar entre os melhores e colocar o Vasco no seu devido lugar, onde sempre esteve. Queremos revelar atletas para a Seleção Brasileira e para o profissional, além de conquistar títulos. O título não é nosso objetivo, ele é formar o jogador para a categoria profissional, só que no trabalho que é desenvolvido os títulos são consequência. Ele vem naturalmente de acordo com aquilo que você profissionalmente produz no dia a dia".

Que mensagem o senhor deixa para a torcida vascaína?

"Peço a torcida que nos dê um crédito e confie no trabalho que vem sendo desenvolvido. Não vamos falar do passado, apenas vamos pensar para frente. Hoje o Vasco tem um Centro de Treinamento condizente com suas tradições e que oferece condições de trabalho para seus profissionais. Estamos fazendo o máximo possível para elevar o nível das categorias de base e colocar ela no lugar de onde nunca deveria ter saído. Esse é o nosso objetivo e por isso que lutamos diariamente. Queremos fazer do Vasco vencedor. Estamos trabalhando com afinco, mas temos consciência de que não vamos resolver os problemas do Vasco do dia para noite. Estamos buscando alternativas e o melhor possível para as categorias de base. Vamos atingir esse objetivo num curto espaço de tempo".

Com informações do Programa "Só dá Base/ Só Dá Vasco".

Mário Reigota, um dos gerentes da base do Vasco


Fonte: Blog do Carlos Gregório Jr - Supervasco