Parque aquático de São Januário será reformado visando as Olimpíadas de 2016

Interditado desde janeiro e completamente abandonado, no em que completa seis décadas de existência, o parque aquático de São de Januário foi presenteado com uma boa notícia. Segundo Manoel Barbosa, vice de patrimônio do Vasco, o parque receberá uma reforma nos próximos meses, paga pelo governo estadual, e deverá ser utilizado nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

- O governo vai ajudar na reforma do parque aquático. Eles vão pagar uma parte e uma empresa a outra. Fechamos essa parceria. Eu já me reuni com a pessoa que está cuidando disso e logo teremos as datas que essas obras irão começar, o orçamento já foi feito por um intermediário da obra, agora só falta o aval do governo - disse Manuel Barbosa.

A reforma foi cercada por incertezas. Na Colina, chegou a se cogitar a demolição da sede aquática. Outra dúvida que pairava, era, em caso de reforma, se o parque iria ser utilizado somente por associados ou se voltaria a receber competições de esportes aquáticos, como em 1998, quando abrigou uma etapa do Copa do Mundo de Natação - a primeira disputada no Brasil.

O vice de patrimônio cruz-maltino revelou que a área, composta por quatro piscinas (uma olímpica, uma para saltos ornamentais e duas pequenas, para o aquecimento dos atletas), voltará a sediar campeonatos, podendo até receber as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

- Essa reforma é para o parque ter estrutura para receber competições o quanto antes, mas a ideia, já que não teremos o parque aquático do Maracanã, é utilizá-lo nas Olimpíadas de 2016 - revelou Manuel, que emendou em seguida:

- Hoje em dia, é muito difícil alguém que se associa para usar piscina, academia. Hoje em dia, as pessoas têm isso nos condomínios ou em casas de amigos. O Vasco tem sócios que estão lá pelo time, para ver os jogos e sócios que estão pelo clube, mais muito mais pela parte política do que para usar as dependências.

No início deste ano, a sede aquática cruz-maltina de São Januário foi interditada por conta de um grande vazamento de água que causou prejuízos financeiros ao clube.

- A interdição ocorreu porque as piscinas estavam com um vazamento de água muito grande. Para você ter ideia, passamos a economizar cerca de R$ 150 mil. Além dos problemas nas arquibancadas, que já não estavam nas suas melhores condições. Mas não adiantava reformar se não está sendo usado - lembrou.

No parque funcionava uma escolinha de esportes aquáticos, que Manoel garante que vai voltar a funcionar assim que as obras forem concluídas.

- A escolinha vai voltar. Por enquanto está parada, mas vai voltar. Assim que o parque estiver pronto - contou o dirigente cruz-maltino.

OBRAS DO GINÁSIO

Outro componente das dependências do Estádio de São Januário, o ginásio, conhecido como "ginásio do forninho", também passa por problemas em sua estrutura. Manuel Barbosa explicou que o espaço também receberá uma obra nos próximos meses.

- Nós estamos falando com a Recoma (empresa responsável pela reforma do ginásio), eles querem reformar o piso logo, mas nós vamos tentar um parceiro para reformar primeiro o teto, porque não adianta reformar o chão com o teto ainda pingando. Acredito que neste mês, tanto o ginásio quanto o parque aquático terão definição de datas de obras - esclareceu.

PERDA DA SEDE DO RÚGBI

Em novembro do ano passado, o estádio de São Januário perdeu o direito de ser a sede do rúgbi durante a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que serão disputados em 2016.

O motivo alegado pelo Comitê Rio 2016 para o veto da Colina foi o não cumprimento do envio do projeto no prazo estabelecido pelas entidades organizadoras.