Roberto Dinamite está entre os maiores ídolos da história do Vasco. Como jogador, é o maior artilheiro do clube pelo qual passou 21 dos 22 anos em que jogou futebol profissionalmente. Mas desde que assumiu como mandatário, o passado como camisa 10 vascaíno não tem sido tão eficaz junto aos torcedores como antigamente. Por conta da situação financeira do clube, constantemente Dinamite é alvo de protestos dos torcedores.
- Quando eu fui para a função de presidente, eu não consegui fugir da função de atleta. Como atleta, tinha que fazer gols, como presidente, estruturar o clube para que o torcedor do Vasco tenha o direito de sonhar com o que a gente tanto deseja que são os títulos – falou Dinamite, no “Arena”.
- Como jogador, vou falar que fui perfeito? Não. Perdi pênalti, perdi conquistas. Mas o que eu quero é isso, buscar esse meio termo, esse equilíbrio, que se faz necessário para que eu possa dar a minha contribuição como dirigente do Vasco - emendou.
Dinamite, que tem 59 anos, diz que poderia estar curtindo a aposentadoria, mas que os desafios de fazer o Vasco voltar a disputar títulos foi maior.
- É desgastante. Eu poderia estar na minha casa tranquilo, vendo os jogos, ganhando ou perdendo, indo à rua e o torcedor revivendo aquela época. Mas a vida da gente é feita de desafios. Se a gente parar no tempo, não vale a pena. Hoje para mim é um desafio muito grande, acredito num futuro muito grande, não vou parar, tenho mandato até o ano que vem.
Sobre o processo político, ele não quis se aprofundar e tampouco responder se será candidato nas próximas eleições. Mas sabe que seu principal concorrente é o ex-presidente Eurico Miranda.
- Sei que hoje existem os grupos se formando (para a próxima eleição), uns querendo voltar, outros que estão iniciando (na vida política do clube). O que eu quero dizer para essas pessoas, e principalmente para os torcedores do Vasco, eu acredito no desafio e estou pronto. A dificuldade é grande? É. Vamos viver de passado? Não.
- Ele (Eurico) viveu um período de dez, 15 anos no Vasco. Tem esse direito. Não quero olhar para as próximas eleições, quero as soluções para o Vasco hoje. O próximo presidente vai encontrar um clube muito melhor do que encontrei. Com as finanças muito mais fortes. E um time mais forte. Não estou trabalhando por uma reeleição. É um desgaste grande, mas já sabia que poderia acontecer. Apesar disso, a maioria dos torcedores respeita a minha posição dentro do clube.
Fonte: GloboEsporte.com
