O meia Bernardo apareceu no Vasco nesta terça-feira após a cirurgia realizada no joelho esquerdo e a polêmica sobre as supostas agressões por parte dos traficantes do Complexo da Maré ocorridas no dia 21 de abril. O jogador foi avaliado pelo departamento médico e mudou os planos iniciais de recuperação perto da família. O tratamento será realizado em São Januário e começa na próxima semana.
No último dia 1º de maio, Bernardo passou por uma cirurgia para a reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e também reparou uma lesão antiga no menisco. O prazo para o retorno aos gramados é de seis meses, mas a fisioterapia domiciliar já foi iniciada.
“Ele compareceu para a consulta e está ótimo. Já liberamos o atleta para colocar o pé no chão com o uso de muletas. O início da fisioterapia efetiva será na semana que vem em São Januário. A recuperação será toda no clube e gostamos muito do que vimos hoje [terça-feira]”, avaliou o médico do Vasco, Cláudio de Luca, ao UOL Esporte.
Antes da cirurgia, Bernardo se envolveu em uma confusão com traficantes do Complexo da Maré, comunidade da Zona Norte do Rio de Janeiro, e formalizou o pedido ao Vasco para recuperação perto da família em razão de temer represálias pela permanência na cidade.
Porém, passada a fase mais crítica do processo, o camisa 31 mudou de ideia e segue normalmente no Rio de Janeiro. Bernardo divulgou uma nota oficial no dia 30 de abril e considerou encerrado o episódio no Complexo da Maré. Ele reiterou os argumentos dados durante depoimento na 21ª DP (Bonsucesso). O jogador voltou a negar o relacionamento com Dayana Rodrigues, namorada de Marcelo Santos das Dores, conhecido como Menor P, chefe do tráfico na comunidade da Zona Norte do Rio.
De acordo com as primeiras investigações da Polícia, o meia do Vasco chegou a ser amarrado, torturado e atingido por socos e pontapés no último dia 21 de abril. Ele teria se relacionado com Dayana Rodrigues e foi descoberto pelo tráfico do local. Em conversas com amigos, Bernardo negou ter passado por um período de espancamento, mas confirmou que foi colocado em um carro pelos bandidos e sofreu tortura psicológica. O atleta foi ameaçado de morte e recebeu tapas no rosto. Dayana levou cinco tiros nas pernas de acordo com os policiais. Outros dois disparos atingiram a mulher de raspão.
Fonte: UOL